São Paulo, domingo, 03 de novembro de 2002 |
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FUTEBOL Sem obter dois triunfos consecutivos neste Brasileiro, time tenta feito no Rio diante do também ameaçado Vasco Palmeiras joga por bi inédito de vitórias
RODRIGO BERTOLOTTO DA REPORTAGEM LOCAL Dois anos atrás, o Palmeiras tentava conseguir o segundo título seguido da Libertadores. Não conseguiu. Hoje, o objetivo é bem mais modesto: obter um inédito par de triunfos neste Brasileiro. Essa meta, porém, não é tão simples assim, afinal, pela frente terá o Vasco, jogando em São Januário e em situação tão perigosa quanto a palmeirense na tabela de classificação -ambos têm os mesmos míseros 23 pontos. ""Não podemos vacilar. A rodada anterior foi boa para a gente, mas ainda estamos lá atrás", resume o veterano meia Zinho. ""Temos de jogar fechado, segurar os primeiros 15 minutos, quando a torcida vascaína joga junto com o time. Depois, ela vira contra eles." O Palmeiras vem de uma vitória em seus domínios sobre o Botafogo, mas agora terá de ganhar como visitante, algo nunca visto no torneio (tem três empates e seis derrotas, sendo o único time a não vencer longe de casa). ""Está na hora de quebrar isso", sentencia o atacante Nenê. Bem que a torcida palmeirense vai tentar fazer o time se sentir em casa, onde o retrospecto é bem melhor (cinco vitórias, cinco empates e só duas derrotas). Sua maior organizada, a Mancha Alviverde, alugou 15 ônibus com passagem a R$ 30. São esperados, pelo menos, mil palmeirenses nas tribunas cariocas. ""O estádio é acanhado, e os torcedores ficam perto do gramado. Há muita pressão", disse o zagueiro César. ""Mas não dá para lamentar. Temos a chance de mudar o fim da história", completa. O defensor se refere ao prenunciado final com rebaixamento, ameaça que ronda o time desde a sexta rodada. Com a vitória de quarta passada sobre o Botafogo, o time escapou da zona que reúne o quarteto dos mais ameaçados. ""Foi uma satisfação momentânea, mas nossa situação ainda é muito difícil", afirmou o técnico da equipe, Levir Culpi. Tanto ele quanto o Palmeiras terão a sorte de não precisar encarar o meia Ramon hoje. O experiente jogador levou o terceiro cartão amarelo na derrota para o Fluminense, na quinta-feira, e está suspenso. ""Ramon é a referência em campo do Vasco. Sem ele, tudo muda", analisou Zinho. Para Culpi, o alívio é duplo, afinal, foi processado pelo jogador por tê-lo chamado de ""QI de alface" quando os dois eram do Atlético-MG. ""Eu não guardo ressentimento do caso, mas não sei se ele me cumprimentaria se trombasse comigo", disse o técnico. No quesito ausência, o time do Parque Antarctica está dando sorte. Além do vascaíno Ramon, Romário, artilheiro do Fluminense, está afastado por contusão por dez dias e não enfrentará o Palmeiras na próxima quarta. Outro fator positivo para o time paulista é a sua recuperação nesta reta final de Brasileiro. Depois de passar nove rodadas sem vencer, o momento da virada foi a vitória sobre o Paysandu. A partir daí, o aproveitamento de pontos da equipe subiu para 59,2%, um nível digno do líder São Paulo. Culpi fez mistério sobre o time titular para hoje. Nos treinos que antecederam a partida, ele testou vários jogadores. O atacante Itamar e o volante Paulo Assunção, que estavam suspensos, devem voltar à equipe. Texto Anterior: Aliado não diz se vai participar de sucessão Próximo Texto: Frase Índice |
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