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Seleção não empolga na bilheteria
Em 5 dias, ingressos para o jogo contra
a Bolívia, no Engenhão, não acabaram
Mesmo com capacidade da
arena menor, confronto não
repete o sucesso dos outros
três pelas eliminatórias para
a Copa do Mundo de 2010
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
SÉRGIO RANGEL
ENVIADO ESPECIAL A TERESÓPOLIS
Com a equipe de Dunga em
fase ruim, o torcedor brasileiro
não mostra o mesmo entusiasmo do resto das eliminatórias
para ver o time nacional contra
a Bolívia, na próxima quarta-feira, no Engenhão.
Ontem, cinco dias depois do
início das vendas, ainda havia
ingressos, tanto nas bilheterias
como por meio da internet, para o confronto no Rio.
Nos outros três jogos que fez
em casa nas eliminatórias para
a Copa de 2010, a seleção teve
muito mais sucesso de público.
No Brasil x Uruguai disputado no Morumbi, bastaram seis
horas para as entradas se esgotarem. No duelo contra a Argentina, no Mineirão, os ingressos acabaram em menos de
dois dias. Para Brasil x Equador, realizado no Maracanã, sumiram em apenas quatro.
O preço estabelecido para os
ingressos dos jogos foi parecido, com os mais baratos quase
sempre custando R$ 30, como
na partida contra os bolivianos.
Mais surpreendente na demora para a comercialização
dos bilhetes para o jogo no Engenhão é a capacidade do estádio. São apenas 45 mil lugares,
sendo que só 29 mil foram colocados à venda -os outros assentos destinam-se a patrocinadores e convidados. A CBF
estimava ontem à tarde que
cerca de metade das entradas
ainda estava disponível.
A carga oferecida para o público em geral sempre ficou
bem acima desse número nos
outros três jogos no Brasil. Nas
três partidas anteriores da seleção em casa, sobraram tumulto, filas e ação de cambistas.
Tudo muito diferente do
confronto com a Bolívia.
Só no final de semana aconteceram filas, ainda que nada
gigantes, nas bilheterias.
Na segunda-feira passada, a
reportagem da Folha esteve no
Maracanã, um dos pontos-de-venda, para verificar como estava o movimento. Enquanto
havia tumulto nos guichês que
vendiam entradas para o show
da popstar Madonna, um bilheteiro do jogo da seleção dizia que não havia vendido ingressos em quase meia hora.
Quem apareceu interessado
na partida não mostrava muito
entusiasmo. "Só vou ver o jogo
porque é perto da minha casa.
Meus primos que moram mais
longe não querem me acompanhar. Dizem que o time está
muito ruim", falou o estudante
Carlos Marcelo Imperial, 19.
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