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FUTEBOL
Time só não marcou neste ano quando teve Kaká, Ronaldinho e Ronaldo
Sem ataque dos sonhos, gol fica mais fácil para seleção
DA REPORTAGEM LOCAL
Deveria ser um problema, mas
o retrospecto da seleção brasileira
em 2004 mostra que não contar
com seu trio ofensivo mais badalado reunido, como vai acontecer
contra a Bolívia, é a solução.
Quando escalou Kaká, Ronaldinho e Ronaldo no ataque -o primeiro não joga hoje por causa de
veto da CBF-, o time nacional
foi um fracasso absoluto.
A seleção fez 14 jogos em 2004.
Em apenas três não marcou gols,
e foram justamente essas as três
únicas partidas em que Carlos Alberto Parreira pôde contar no ano
com os três astros juntos.
Kaká, Ronaldinho e Ronaldo
passaram em branco contra Irlanda, Paraguai e França. Quando
um, dois ou até três dos integrantes do ataque dos sonhos ficou fora do time, a seleção registrou a
ótima média de 2,91 gols por jogo.
Com o trio em campo, o Brasil
teve uma péssima pontaria. De
acordo com o Datafolha, a seleção
registrou uma eficiência de apenas 23% nas finalizações com as
três estrelas no gramado, contra
uma média de 38% verificada na
terceira era Parreira em geral.
Na comissão técnica, o fraco desempenho do time nas partidas
em que Parreira conseguiu escalar os três principais craques do
país no momento não preocupa.
"O objetivo é a vitória. O problema dos gols pouco importa. As
coisas acontecem naturalmente",
afirma o coordenador Zagallo.
Novos parceiros
Hoje, Parreira deve escalar
Adriano na vaga de Kaká -a definição da equipe sairia após o fechamento desta edição, em treino
marcado para o Morumbi.
O atacante da Inter de Milão
chega credenciado pela ótima
performance na Copa América do
Peru, quando aproveitou a ausência dos titulares para ser o artilheiro da competição, que teve a seleção brasileira como campeã. Tanto ele quanto os companheiros de
ataque esbanjam otimismo para o
confronto de hoje.
"Espero fazer uma boa partida e
repetir o futebol da Copa América", afirma Adriano.
"Vamos procurar atuar com
muita alegria. Procurar mostrar o
que todos estão acostumados e,
desta forma, ajudar o Brasil", disse Ronaldinho, que entra em
campo depois de passar mais de
uma semana afastado por lesão.
Ronaldo celebra a oportunidade de atuar pela primeira vez com
Adriano em uma partida oficial.
"Será muito legal atuar ao lado
dele. Treinamos muito tempo na
Inter de Milão, mas nunca pudemos jogar juntos", diz o jogador
do Real Madrid, que também rasgou elogios para Ronaldinho.
""As pessoas sempre querem o
futebol-arte. O Ronaldinho faz isso. Ele joga com alegria e é maravilhoso quando inventa uns truques. O Ronaldinho é o maestro
aqui", afirmou Ronaldo sobre o
colega, destaque do time na goleada diante do Haiti.(PAULO COBOS)
Colaborou Sérgio Rangel, enviado especial a Teresópolis
NA TV - Brasil x Bolívia, Globo, ao vivo, às 17h10
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