São Paulo, quarta-feira, 05 de outubro de 2011

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Cartada final

Contra o Grêmio, Santos faz o primeiro dos dois jogos que tem a menos no campeonato, partida que pode enterrar de vez as chances do título nacional

LEONARDO LOURENÇO

DE SÃO PAULO

As duas derrotas consecutivas nas últimas rodadas do Brasileiro ainda não serviram para extinguir o discurso otimista no Santos de que o título deste Campeonato Brasileiro ainda é possível.
O argumento para manter a esperança é o número de jogos atrasados que o clube praiano tem para disputar -são duas partidas a menos em relação à maioria dos times à sua frente na classificação.
Hoje, contra o Grêmio, em Porto Alegre, a equipe de Muricy Ramalho faz o primeiro desses dois jogos. Uma derrota pode enterrar de vez o sonho de vencer o Brasileiro.
"Ninguém jogou a toalha, e essas duas derrotas dificultam para qualquer equipe", disse o centroavante Borges.
"Mas quem sabe a gente não consegue uma vitória quarta-feira [hoje] e nos reaproximamos dos líderes?", completou o artilheiro do campeonato, com 19 gols.
Bater o Grêmio, em partida válida pela 11ª rodada e adiada por conta da convocação de Elano, Neymar e Paulo Henrique Ganso para a Copa América -os dois últimos indisponíveis para o confronto no Olímpico-, significa diminuir para 12 pontos a diferença para o líder Vasco.
Distância ainda longa a percorrer nos 12 jogos que restarão no campeonato -um deles contra o Botafogo, em outro duelo remarcado a pedido do Santos, este para o dia 19, na Vila Belmiro.
Para a partida de hoje, Muricy ainda terá que resolver problemas: as faltas de Neymar, na seleção, e Ganso, ainda machucado, e as falhas de sua defesa, a quinta pior neste Brasileiro, com 40 gols sofridos (média de 1,6 por partida), e vazada oito vezes só nos quatro últimos duelos.
O técnico pode tentar sanar as duas dificuldades em uma mudança: a entrada do volante Adriano para proteger a zaga, o que implicaria na escalação de apenas dois atacantes, um a menos do que tem sido utilizado quando Neymar está disponível.
Porém o meia Elano, um dos mais experientes do time, não crê que a entrada de mais um jogador de contenção possa minimizar as falhas.
"O Adriano é importante e mostrou isso na Libertadores. Mas vamos arrumar a nossa defesa coletivamente."
"É um problema que começa lá na frente. Não adianta reclamar da defesa, mudar o setor. Todos são culpados. E eu me incluo nisso", afirmou.


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