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BASQUETE
Pré-convocados pelo técnico Lula assinam carta de compromisso para evitar prejuízos à equipe no Pré-Olímpico
Seleção exige garantia contra deserção
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Preocupado com possíveis "deserções" às vésperas do Pré-Olímpico, em agosto, o técnico Aluísio
Ferreira, o Lula, adotou uma solução inusitada: fez os atletas pré-convocados para a seleção brasileira assinarem uma carta de
compromisso com a equipe.
"Ninguém vai poder dizer que
não estava ciente da programação
do Brasil", afirma o treinador, que
já recolheu a assinatura de 23 dos
29 jogadores pré-convocados.
Todos os atletas que fizeram
exames médicos em São Paulo,
com exceção do armador Leandrinho, assinaram o documento.
"O Leandrinho iria analisar as
datas com a sua programação para o draft da NBA antes de dar o
aval", conta Lula, referindo-se ao
armador do Bauru, que irá tentar
uma vaga na liga dos EUA.
Os outros nomes que faltam na
relação são dos atletas que atuam
no exterior: Marcelinho, Guilherme, Anderson, Tiago Spliter e Nenê. Os três primeiros já foram
contatados e devem mandar, por
fax, o documento assinado.
Já Nenê, do Denver Nuggets, irá
se apresentar apenas no dia 10 de
agosto. "Foi o que acertamos com
o Denver Nuggets. Mas ainda estamos tentando contar com ele no
Pan-Americano", diz o treinador.
Na carta, Lula deixou claro qual
será a programação do time brasileiro, desde a convocação, que será logo após o fim do Nacional,
em junho, até o Pré-Olímpico de
Porto Rico, que valerá três vagas
aos Jogos de Atenas-2004.
A equipe brasileira também fará
três amistosos contra a Venezuela, em julho. Pouco antes, um grupo de jogadores, com menos experiência internacional, irá viajar
para a China, onde disputará um
torneio contra a seleção da casa, a
Nova Zelândia e a Austrália.
Guerrinha e Flávio Davis, assistentes de Lula na seleção, irão dirigir o Brasil na China.
"O critério que adotamos para
essa competição é mandar os jogadores que não foram ao Mundial de Indianápolis", conta o treinador da seleção brasileira.
Antes do Pré-Olímpico, o Brasil
também irá disputar o Sul-Americano, no Uruguai, em julho, e o
Pan de Santo Domingo, na República Dominicana, em agosto.
Com a informação antecipada
de datas e eventos, Lula quer evitar os problemas enfrentados pela
seleção no ano passado. Na avaliação do técnico, esses contratempos prejudicaram o desempenho do Brasil no Mundial-2002.
O ala-armador Marcelinho, um
dos titulares do Brasil, perdeu boa
parte da preparação da equipe, na
época dirigida por Hélio Rubens.
Ele adiou sua apresentação para
jogar uma liga de verão da NBA
-acabou não sendo aproveitado
por nenhuma equipe e acertou
sua transferência para a Itália.
Já Luís Fernando, que se encontraria com a equipe brasileira já
em Indianápolis, desistiu de última hora de disputar o Mundial. O
pivô temia se machucar e perder
um contrato vantajoso com uma
equipe da China. A negociação
acabou não sendo concretizada.
Nenê, que seria a principal estrela da seleção no Mundial de Indianápolis, acabou não jogando.
O ala-pivô seria liberado mais
tarde pelo Denver Nuggets. No
entanto, o jogador sofreu uma
distensão na virilha, durante uma
clínica de seu time no Havaí, e teve de ser cortado da seleção.
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