|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Nome aos bois
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Rudi Völler: já está no panteão da Alemanha. Competitivo como seu país, esteve entre
um cargo diretivo e o comando
no campo. Um triunfo em Wembley o empurrou até a final da
Copa do Mundo. É duro.
Plamen Markov: comandava
equipe de segunda divisão, mas
foi alçado ao posto maior na Bulgária em ação de risco. Trabalhando bem com recrutas e aceitando o diálogo, renovou o grupo.
Otto Baric: deixou a antiga e
vulnerável tropa austríaca e assumiu o exército da Croácia com
pulso firme. Ganhou a batalha
contra a Eslovênia usando sua
vasta experiência (é "setentão").
Morten Olsen: com mais de
uma centena de atuações pelo seu
país, fez uma revolução silenciosa
na Dinamarca. Auxiliado por
Michael Laudrup, brigou bem na
Copa e aposentou Schmeichel.
Iñaki Sáez: após revelar talentos
sub-19, sub-20, sub-21 e sub-23,
ganhou vez no esquadrão maior
da Espanha. Leva na veia o brigador País Basco. Foi torturado nas
eliminatórias, mas sobreviveu.
Jacques Santini: tem um forte
arsenal e muita responsabilidade.
Sabe liderar atiradores de elite
(Zidane e Henry). Brilhou em
campos de batalha na França nos
anos 70. Recuperou vencidos.
Otto Rehhagel: líder da Grécia,
tem boa reputação na Alemanha.
"Rei Otto" só não vingou no Bayern. Dobrou ingleses em peleja
que não valia tanto e bateu espanhóis em duelo que valeu tudo.
Dick Advocaat: segunda chance
na Holanda. Ex-assistente do gênio Rinus Michels, sofre com motins (na Copa-94, Gullit abandonou). Substituto do general Van
Gaal, deixa a desordem rolar.
Sven-Göran Eriksson: estrangeiro infiltrado na Inglaterra que
rodou várias nações e é aceito por
épicas vitórias contra Alemanha
(5 a 1) e Argentina (1 a 0). Só caiu
oficialmente diante do Brasil.
Giovanni Trapattoni: mais vitorioso comandante do calcio, sofreu para avançar. Culpou um
juiz pela queda na Copa. Mantém a estratégia na Azzurra: "Sou
cauteloso, não corro altos riscos."
Aleksandrs Starkovs: engenheiro, entrou para a história da Letônia ao despachar os turcos na repescagem. Já fora um grande jogador. Como técnico, 11 campanhas vitoriosas em série no país.
Karel Brückner: pegou a República Tcheca, após o fracasso na
luta pela Copa, com moral baixo.
Mesclando moços (Rosicky e Baros) e veteranos (Nedved, Berger e
Poborski), fez vítimas em série.
Georgi Yartsev: só comentarista
em 1994, foi ao front salvar a Rússia. Conclamou velhos heróis
(Mostovoi e Alenichev) e acreditou na base (Bulykin e Malafeev).
Tommy Söderberg e Lars Lagerbäck: foram com a Suécia a três
grandes disputas seguidas.
Tommy, o "chefe" da dupla, está
para se retirar. Na defesa, venceram o "grupo da morte" na Copa.
Jakob Kuhn: primeiro suíço a
dirigir a Suíça desde 1989. Sucesso
rápido. Não inspirava confiança,
ainda mais quando "deu uma gelada" nos veteranos Chapuisat e
Sforza. Deu nova vida à equipe.
Felipão: especialista em mata-matas e guerras sul-americanas.
Faz o povo jogar junto. Exige vitória a qualquer custo. Em Portugal, ameaça a Europa.
Argentina
O Brasil, atualizando números do pesquisador Duílio Martino e contrariando os da CBF, não está na frente da Argentina. Está uma vitória atrás (39 a 40). Contra a Hungria, o Brasil igualou as coisas.
Cafu e Ronaldo
O lateral ganhou boné com a marca 165 para celebrar seu número de
convocações para a seleção. Mas faltam quase 30 jogos para ele alcançar isso em atuações. Já o atacante, é chamado até de "Boinaldinho"!
"Revista 10"
Estreou com muito (e bom) futebol internacional. Legal!
E-mail: rbueno@folhasp.com.br
Texto Anterior: Myskina derrota amiga e é a 1ª russa a triunfar em Grand Slam Próximo Texto: Basquete: NBA, após dez anos, vê final sem um top Índice
|