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Líder, Massa exibe melhor Massa
Largando em nono, brasileiro defende a ponta do Mundial, com sua maior média de pontos na F-1
"Deus me deu o dom de ser
rápido, e, com o tempo, pude
melhorar em outras áreas",
diz piloto, que acredita estar
"pronto" para ganhar título
TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A SILVERSTONE
""O público do Brasil tem razão em exigir resultados porque ficou acostumado com o
Emerson [Fittipaldi], o [Nelson] Piquet e o [Ayrton] Senna.
É normal. Eu também cobrava
quando era só um torcedor."
Quando soltou essa frase, no
início de 2002, pouco antes de
fazer sua estréia na F-1 pela
Sauber, Felipe Massa não fazia
idéia de que hoje, seis anos depois, estaria numa posição que
havia sido ocupada antes por
apenas outros três brasileiros,
coincidentemente os citados
por ele: a liderança do Mundial.
As palavras do agora ferrarista servem também de parâmetro para mostrar sua evolução,
tanto dentro como fora das pistas. De um garoto que realizava
o sonho de alcançar a principal
categoria do automobilismo a
um concorrente de fato ao título de uma temporada.
""Acho que ainda sou o mesmo Felipe, mas, com o tempo,
você fica mais experiente", disse ele em Silverstone, onde hoje, largando da nona posição
por ter tido problemas na troca
de pneus no fim da classificação, coloca pela primeira vez
sua liderança em jogo, a partir
das 9h, no GP da Inglaterra.
""A velocidade ou você tem ou
não tem. Deus me deu esse dom
de ser rápido, e, com o tempo,
eu pude trabalhar e melhorar
em outras áreas", completou.
Nesses seis anos, Massa acumulou oito vitórias, 12 poles, 22
pódios e 249 pontos. Dentre os
28 brasileiros que já chegaram
à F-1, tal desempenho só perde
para o do trio de campeões e o
de Rubens Barrichello, que está
em seu 16º ano na categoria,
seis deles na Ferrari.
""Com certeza, estou no melhor momento da minha carreira", disse Massa, que tem 48
pontos na classificação, dois a
mais do que Robert Kubica, da
BMW, o segundo colocado.
"Estou muito feliz, faço o que
gosto, corro pela melhor equipe, já ganhei muitas corridas",
enumerou o piloto. "Mas a gente sempre quer mais. A gente vê
o que tem e quer conquistar
aquilo que ainda não tem."
Campeão em todas as categorias que disputou -F-Chevrolet, F-Renault italiana e européia e o europeu de F-3.000-,
o que ainda não tem é um título
da F-1. Algo em que, segundo
ele, ainda é cedo para pensar, já
que ainda faltam outras nove
corridas para o fim da temporada. Mas para o qual já está
""pronto", em suas palavras.
Se a evolução de sua performance for um indicativo, Massa tem motivos para se animar.
Em 2002, seu primeiro ano
na categoria, sua média de pontos por corrida era de 0,25. Hoje, mesmo tendo zerado nas
duas primeiras etapas do campeonato, o índice subiu para 6
pontos em média por GP.
Na estréia, porém, Massa
corria pela Sauber, uma equipe
média, que terminou aquela
temporada em quinto lugar no
Mundial de Construtores.
Outros dois números mostram claramente a evolução do
brasileiro. As posições médias
de largada e de chegada. Mesmo se levados em conta apenas
os três últimos anos, aqueles
em que esteve na Ferrari, a melhora foi bem significativa.
Se em 2006 Massa partia em
média do sexto lugar, no ano
passado passou a sair em quarto e neste ano já larga em segundo, em média -a melhor
marca entre todos os pilotos.
A posição de chegada também melhorou bastante. De
quarto para terceiro em 2007 e
para segundo neste ano. ""Mas
acho que ainda tenho muito o
que melhorar", disse.
NA TV - GP da Inglaterra
Globo, ao vivo, às 9h
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