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Rebeca é banida pelo doping de 2006
Federação Internacional divulga nova punição à nadadora e surpreende advogado, que espera julgamento de recursos
Brasileira também irá recorrer dessa decisão; piscinas abrigam dois dos três casos de banimento do esporte de atletas do país
DA REPORTAGEM LOCAL
Punida duas vezes por doping, Rebeca Gusmão teve confirmada a pena que a tira das
piscinas pelo resto da vida.
Segundo a Confederação
Brasileira de Desportes Aquáticos, a Federação Internacional
de Natação divulgou ontem nota em que anuncia o banimento
da atleta por reincidência.
Rebeca já havia recebido
duas suspensões de dois anos
cada uma por ter testado positivo para testosterona, hormônio
masculino, que tem efeito anabolizante no organismo.
A nadadora é a terceira atleta
brasileira a ser banida do esporte, a segunda de sua modalidade. Fabiane dos Santos, do
atletismo, e Laura Azevedo
também não podem mais voltar às competições.
A decisão da Fina surpreendeu o advogado e a família da
atleta, que ainda aguardavam
julgamento de apelação feita à
Corte de Arbitragem do Esporte -irão recorrer também dessa decisão. Rebeca não foi encontrada para comentar o caso.
"Não sabia que a federação
havia anunciado isso. Ainda temos julgamento na CAS. De
qualquer forma, não me preocupa", afirmou o advogado Breno Tanuri, que está no exterior
em viagem de trabalho.
Após o sucesso no Pan do
Rio, em 2007, quando venceu
os 50 m e os 100 m livre, Rebeca
se viu envolvida em três escândalos de uso de doping.
Durante o período dos Jogos
cariocas, a atleta foi submetida
a uma série de testes de urina.
O exame realizado em 13 de
julho pela Fina acusou presença de altos níveis de testosterona. Em 2 de novembro, ela foi
suspensa preventivamente por
conta desse resultado.
Menos de uma semana depois do primeiro teste positivo,
a Organização Desportiva Pan-Americana divulgou que duas
amostras de urina de Rebeca tinham DNAs diferentes.
Por causa da suposta fraude,
a nadadora perdeu as medalhas
(dois ouros, uma prata e um
bronze) e os tempos conquistados durante o Pan do Rio.
Ao mesmo tempo, Rebeca
também era protagonista de
uma discussão entre a CBDA e
a Fina que se arrastava desde
2006. Exame feito naquele ano
por Rebeca também apontava
níveis alterados de testosterona. A atleta, no entanto, acusava o laboratório canadense responsável pela análise de ter cometido erro e provocado a degradação da amostra de urina.
O imbróglio foi levado à CAS,
que, em maio, afirmou não ter
jurisdição para julgar o recurso
da Fina sobre suposto doping.
A entidade queria punir Rebeca, a CBDA acusava o erro. Os
advogados acreditavam que,
assim, o caso estava encerrado.
Rebeca chegou a dar entrevistas comemorando a chance
de ainda poder ir a Pequim,
mas, em menos de uma semana, recebeu punição de dois
anos pelo teste de 13 de julho.
A nadadora não teve tempo
hábil para recorrer e tentar ir à
Olimpíada e aguardava desde
então julgamento do recurso.
No fim de julho, a Fina divulgou a decisão de suspendê-la
também pelo caso de 2006. Se a
CAS não aceitar nenhum dos
recursos da brasileira, ela terá
confirmada seu banimento.
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