São Paulo, quinta-feira, 06 de outubro de 2011 |
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Estádio já consumiu R$ 4 milhões PALMEIRAS Despesas com água e luz nas obras ampliam rombo financeiro LUCAS REIS DE SÃO PAULO BERNARDO ITRI DO PAINEL FC O Palmeiras tem tido triplo prejuízo financeiro por não jogar em seu estádio. Além de gastar com o aluguel de outras arenas e de praças esportivas para seus associados, o clube não se livrou nem mesmo das contas de água e energia gastas nas obras da Arena Palestra. Levantamento feito pela Folha mostra que, desde que a arena começou a ser reformada, há um ano, o Palmeiras já teve que desembolsar mais de R$ 4 milhões. Isso representa cerca de 15% do rombo que o clube acumula nesta temporada, que passa de R$ 25 milhões. Somente a conta de água do estádio onera a agremiação em cerca de R$ 120 mil por mês, segundo o vice financeiro Walter Munhoz. Ou seja, mesmo sem usar o estádio, é o Palmeiras quem está arcando com os tributos referentes à sua obra. Outro R$ 1,3 milhão já foi gasto em 2011 com o aluguel de áreas esportivas para sócios e outros prédios -inclusive o local onde são guardados os troféus e as taças-, de acordo com boletim financeiro divulgado pelo clube. E o aluguel de Pacaembu, Canindé e Arena Barueri, os três estádios utilizados pelo time de Luiz Felipe Scolari em 2011, custaram ao clube R$ 916 mil -mais cerca de R$ 400 mil no ano passado. O Palmeiras afirma que os gastos com água e energia poderão ser reembolsados pela construtora WTorre ao final da obra, previsto para 2013. "Estamos contabilizando os gastos [com água e luz] para depois conversar [com a WTorre]", disse o presidente Arnaldo Tirone. "Não podemos entrar em litígio, já que é um casamento de 30 anos. Tentaremos um acordo", declarou Alberto Strufaldi, presidente do Conselho de Orientação Fiscal do Palmeiras. A WTorre, no entanto, afirma desconhecer o descontentamento dos palmeirenses a respeito dos gastos tributários sobre a obra no estádio. E o contrato assinado entre as partes, ao qual a reportagem teve acesso, diz que o clube será o responsável "por todos e quaisquer encargos incidentes" sobre a arena, como impostos, taxas, contribuições, energia e água, durante a vigência do acordo. O Palmeiras cedeu a arena por 30 anos em um contrato de superfície. A WTorre irá explorar comercialmente o local e repassar uma parte dos lucros ao clube. Passados os 30 anos, o estádio volta para as mãos palmeirenses. Texto Anterior: Corinthians: Adriano dá passe de letra e ganha elogio de colega em treino Próximo Texto: Cicinho treina com bola e pode retornar Índice | Comunicar Erros |
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