São Paulo, quinta-feira, 06 de outubro de 2011 |
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Órgão olímpico, sem sede e estatuto, já tem R$ 21 mi 2016 Com investimento público milionário, APO conta com só seis funcionários ITALO NOGUEIRA DO RIO Ainda sem sede e com poucos funcionários, a APO (Autoridade Pública Olímpica) já tem à disposição R$ 21 milhões para gastar neste ano. A entidade tem como finalidade controlar as obras para os Jogos do Rio-2016. O valor consta no contrato assinado entre a presidente Dilma Rousseff, o governador do Rio, Sérgio Cabral Filho, e o prefeito do Rio, Eduardo Paes. O documento define os recursos financeiros de cada um para o custeio da APO. Na prática, a União vai bancar quase tudo. Do total, R$ 20,8 milhões sairão dos cofres do governo federal. Estado e município contribuirão com R$ 100 mil cada um. Além de monitorar as obras, a APO servirá como espaço de diálogo entre os governos. Inicialmente, não vai executar obras, mas pode assumir projetos atrasados. Mas, até o momento, o organismo tem estrutura mínima e nenhuma regra interna. A presidente Dilma Rousseff escolheu para a presidência da APO o ex-ministro das Cidades Márcio Fortes. Fortes nomeou até hoje seis funcionários. Todos trabalharam com ele no Ministério das Cidades. A estrutura da APO possui 181 cargos, com salários de até R$ 22 mil. Mas não há estatuto definido. O documento definirá a estrutura dos órgãos de gestão da APO e indicará a função de cada um deles. Para atuar, o consórcio público precisa ainda ter definida a Matriz de Responsabilidades, que determina as atribuições e a fatia de gastos de cada esfera de governo nos Jogos. A previsão é que um esboço do documento esteja pronto em novembro, quando há visita do COI (Comitê Olímpico Internacional). A sede da APO será no Rio. O órgão deverá funcionar em estruturas provisórias no centro do Rio, que abrigará também o comitê organizador dos Jogos e a Empresa Olímpica Municipal. A Folha tentou contato com Fortes e com o Ministério do Planejamento, ao qual a APO está vinculada, para comentar o orçamento de 2011, mas sem retorno. O governo e a prefeitura do Rio afirmam ser atribuição da APO falar sobre o contrato. Texto Anterior: Pan: Guadalajara não irá superar Rio, afirma presidente da Odepa Próximo Texto: Tênis: Brasil Open aposta em metrópole para ter tops Índice | Comunicar Erros |
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