São Paulo, domingo, 07 de julho de 2002 |
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BOXE Federação alega falta de dinheiro para não enviar atletas, que lutarão na competição representando outros Estados Mulheres de SP migram para 1º Brasileiro
EDUARDO OHATA DA REPORTAGEM LOCAL A edição inaugural do Brasileiro feminino de boxe começa amanhã, a partir das 20h, e se estende até sábado, em Pernambuco. Atletas de São Paulo, a mais forte federação nacional, serão distribuídas entre outros Estados, pois a Federação Paulista de Boxe alega ter problemas financeiros para não enviar representantes. Participam 27 atletas, representantes de nove Estados. Em algumas categorias, há só duas lutadoras inscritas e, por isso, a primeira luta já será a finalíssima. A competição funciona como seletiva para o Mundial da Turquia, que acontecerá de 21 a 28 de outubro e definirá a base da seleção permanente feminina. A partir de cerca de um mês antes do Mundial, as brasileiras devem iniciar concentração, em São Vicente ou Santo André. Há a possibilidade de as atletas da seleção permanente terem de reconfirmar suas vagas, mas não devem disputar mais de duas lutas entre o Brasileiro e o Mundial, segundo planejamento. Como forma de propiciar a participação das paulistas no Brasileiro, seis atletas que representariam o Estado foram integradas a delegações de outros Estados. Outras seis atletas representarão a Paulibox, liga de boxe de São Vicente (litoral paulista), e a prefeitura local -elas serão, para a CBB (Confederação Brasileira de Boxe), só para efeito de contagem de pontos, as representantes do Estado de São Paulo no Brasileiro. ""A confederação não vai pagar as passagens aéreas e tampouco cachê para as atletas. Não pude mandar ninguém, pois a federação enfrenta problemas financeiros. Desde setembro não recebemos aquela verba dos bingos", justifica Newton Campos, presidente da Federação Paulista de Boxe. ""O Brasileiro feminino será exibido pela TV [a cabo BandSports". Se há TV, há patrocínio." Segundo a CBB, as federações sempre pagaram as passagens para seus atletas irem aos Brasileiros masculinos -salvo raras ocasiões em que municípios que receberam o torneio arcaram com tal despesa. A confederação entra com a estadia e a alimentação. A diretora do departamento feminino da CBB, Maria Aparecida Oliveira, diz que o dinheiro ganho com a competição será para formação e manutenção de uma seleção feminina permanente. ""O dinheiro que cabe ao Brasileiro será usado para preparar a equipe para o Mundial e dar ajuda de custo às atletas. Acho incrível que a federação que se autodenomina o "carro-chefe" do boxe brasileiro não tenha dinheiro." Texto Anterior: IRL: Castro Neves e Ferran tentam manter hegemonia da Penske, hoje, no Kansas Próximo Texto: Objetivo de atletas é ir para Mundial Índice |
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