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Ipatinga empata, e São Paulo sai vaiado
Surpreendidos em casa, são-paulinos reclamam de falta de apoio da torcida
São Paulo 1
Ipatinga 1
RICARDO VIEL
DA REPORTAGEM LOCAL
Debutante no Brasileiro e fazendo péssima campanha, com
apenas uma vitória, o Ipatinga
foi duro adversário para o São
Paulo. Contra um time lento e
sem criatividade, os mineiros
conseguiram empatar o jogo no
final e sair do Morumbi com
um ponto na bagagem.
O gol no fim foi uma recompensa ao time visitante, mais
perigoso e determinado, e um
castigo ao São Paulo, que fez
atuação medíocre. "O jogo foi
ruim e o resultado, justo", disse
o técnico Muricy Ramalho.
Descontentes com o futebol
que viram, os 13.421 são-paulinos que foram ao estádio -melhor público do time no Brasileiro- vaiaram o time no final.
"A torcida estava vaiando
desde o começo do jogo. Se a
gente não tiver o incentivo do
torcedor não vai ganhar nada
mesmo", disse no final da partida o zagueiro André Dias.
Além do mau futebol, os torcedores também viram o goleiro Rogério separar os são-paulinos Alex Silva e Zé Luis, que
trocaram empurrões após o gol
de empate do Ipatinga.
"Conversamos no vestiário e
nos entendemos. Foi uma cobrança normal dentro de campo", disse, de banho tomado e
cabeça fria, Zé Luis. Segundo o
volante, o desentendimento se
deu porque ele pediu para que
Alex Silva não subisse ao ataque. "Coríamos o risco de tomar outro", explicou o volante.
Com o empate, o São Paulo
chega a 14 pontos e permanece
na sétima colocação. Na quarta-feira, o time enfrenta o Náutico, em Recife, e não terá o zagueiro Alex Silva, que tomou o
terceiro cartão amarelo.
A posição do rival na tabela
-penúltimo colocado- e a formação adotada pelo técnico Ricardo Drubscky, com apenas
um homem na frente, fazia crer
que ontem no Morumbi apenas
o time da casa atacaria.
Mas o cenário não foi esse. O
Ipatinga encontrou espaços e
criou oportunidades, principalmente com Adeílson. Na primeira chance que teve, aos
9min, o atacante invadiu a área,
livre, e tocou na saída de Rogério. A bola saiu rente a trave.
Aos poucos o São Paulo equilibrou a partida e começou a
pressionar os visitantes. As melhores oportunidades eram
com bolas alçadas na área na
tentativa de encontrar as cabeças de Borges, Aloísio e Hugo.
E foi numa bola cruzada, porém rasteira, que o time do Morumbi encontrou seu gol no final do primeiro tempo. Aos
40min, a bola tocada por Joílson achou o pé direito de Borges. De voleio, na marca do pênalti, o atacante bateu bem,
sem chances para Fred.
"Fui feliz e peguei bem na bola. Vai ficar mais fácil porque
eles têm que sair para o jogo",
disse Borges no intervalo.
De fato. No segundo tempo,
com o atacante Marinho no lugar do lateral Márcio Gabriel,
os mineiros continuaram
criando. Adeílton continuava
sendo o mais perigoso. Aos
25min, o camisa 11 carimbou o
travessão de Rogério.
Pelo lado do São Paulo, a lentidão no meio de campo e a
pouca inspiração seguiram. E
no final da partida, aos 44min,
veio o castigo. Em cobrança de
escanteio, Luciano Mandí subiu mais do que a zaga paulista
e decretou o empate em 1 a 1.
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