São Paulo, quarta-feira, 07 de julho de 2010

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Muralha no mata-mata mira recorde

Com Casillas sob as traves, Espanha está há 223 minutos sem ser vazada

DOS ENVIADOS A DURBAN

Casillas, capitão espanhol, não leva gol no Mundial há 223 minutos e busca, na partida mais importante da história de seu país, vaga inédita na decisão e recorde.
O arqueiro do Real Madrid tornou-se o goleiro espanhol há mais tempo sem ser vazado em Copas -superou os 209 minutos de Ramallets na Copa de 1950, no Brasil.
Precisa ficar mais 58 minutos sem levar gol para que a Espanha bata seu recorde de minutos sem ser vazada.
Em 1950, o arco espanhol ficou, somando as atuações dos goleiros Ignacio Eizaguirre (jogou contra os EUA) e Antonio Ramallets (atuou contra Chile, Inglaterra e Uruguai), 282 minutos sem ser superado. Essa é a meta de Casillas e da defesa espanhola para o jogo de hoje.
A defesa da Espanha, vencida apenas duas vezes até agora, virou a maior arma da equipe, que anotou só seis gols na disputa, cinco deles marcados por David Villa.
No mata-mata, Casillas não foi superado. Pegou até pênalti contra o Paraguai. O último gol sofrido pela Fúria foi do Chile, no terceiro e último jogo da fase de grupos.
O problema é que o ataque alemão tem sido arrasador, em especial no mata-mata -foram quatro gols na Inglaterra e quatro na Argentina. Klose, 14 gols em Copas, está a um do recorde de Ronaldo.
"Creio que a Alemanha é a melhor seleção do Mundial", afirmou o arqueiro espanhol. "Mas não viemos aqui para sermos quartos colocados. Passar das quartas já foi um feito para a Espanha, mas vamos lutar para ir à final."
O sucesso da defesa espanhola deve-se muito ao entrosamento de Casillas com Sergio Ramos, Capdevila e Puyol, especialmente.
"Não pensamos agora em outra coisa que não seja a Alemanha. Isso se vê no ambiente." Para ele, o sonho é maior ainda. "Pensamos em voltar a Madri como campeões do mundo. Nosso primeiro objetivo é vencer essa final", afirmou o camisa 1.
Como Casillas, muitos entendem que a partida de hoje poderia muito bem ser a decisão do torneio, assim como foi a final da Eurocopa.
"Quem ganha de quatro da Argentina e da Inglaterra tem que ter alguma coisa. Não estamos falando de uma seleção que chegou até aqui por casualidade."
(RODRIGO BUENO E RODRIGO MATTOS)


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