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penúria
Palmeiras fica forte, mas amarga dívida de R$ 76 mi
Clube, que hoje encara o Vitória, desdobra-se para manter elenco milionário
Diretoria do time alviverde
não revela o valor do rombo, mas aposta em bilheteria e venda de jogadores para atenuar problema no caixa
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
Ser campeão estadual após
jejum de 12 anos e estar entre
os quatro melhores do país no
Brasileiro tiveram e continuam
tendo um preço para o Palmeiras, que enfrenta o Vitória, às
20h30, no Parque Antarctica.
Números do primeiro semestre de 2008, divulgados pela oposição, mostram que a dívida do clube está em R$ 75,8
milhões. Endividado, o alviverde equilibra-se entre o sucesso
de ter uma equipe competitiva
após um hiato de conquistas e o
custo para financiar, por exemplo, um técnico cujo salário está na casa dos R$ 500 mil.
Sem conquistar um título expressivo desde a Libertadores
de 1999, o Palmeiras resolveu
abrir os cofres nesta temporada
e contou com a ajuda de parcerias -principalmente da Traffic, que negociou a maioria dos
reforços do elenco.
Em campo, o clube vê o grupo de Vanderlei Luxemburgo
mostrar serviço. Fora dele, tenta ajustar o orçamento com antecipação de receitas. Segundo
o balancete do mês de junho, o
Palmeiras recorreu a antecipações da Fiat, da Adidas e da Federação Paulista de Futebol.
Foi justamente no mês retrasado quando alguns jogadores,
como o volante Léo Lima, tornaram público o problema de
atraso salarial. A diretoria minimizou a questão, alegando
"desequilíbrio no fluxo de caixa", como afirmou o gerente de
futebol Toninho Cecílio.
A situação palmeirense classifica o número de "absurdo" e
diz que há uma diferença entre
o fluxo e o estoque da dívida.
"Um clube com uma dívida
dessa estaria quebrado", afirmou o diretor de planejamento
Luiz Gonzaga Belluzzo, que
disse não saber o valor exato.
O documento aponta que o
Palmeiras acumula R$ 10 milhões negativos só em 2008.
A folha salarial mensal do time, segundo a Folha apurou,
está próxima dos R$ 4 milhões.
"A médio prazo, a situação é
tranqüila", disse Belluzzo, que
estima em aproximadamente
R$ 100 milhões a arrecadação
total até o final deste ano.
O dirigente aponta os resultados positivos da equipe e a expectativa gerada pela transformação do Parque Antarctica
em arena como fatores geradores de receitas. Citou, por
exemplo, a renovação do contrato com a Adidas, que termina no final deste ano.
"Estamos fazendo licitação e
recebemos ofertas muito mais
saborosas que a atual. Nosso
fornecedor tem preferência [na
renovação] e não vai querer
abandonar o clube."
As propostas das empresas
interessadas dobrariam o valor
pago pela Adidas -cerca de R$
3,5 milhões por ano.
A arrecadação nas bilheterias
também tem sido importante.
Em oito jogos no Parque Antarctica, o Palmeiras teve mais
de R$ 3,3 milhões de renda. A
venda de alguns jogadores, como o goleiro Diego Cavalieri
(Liverpool) e o zagueiro Henrique (Barcelona), ajudaram, de
acordo com Belluzzo, a equilibrar as contas.
NA TV - Palmeiras x Vitória
Sportv (menos SP e RJ), às 20h30
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