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xeque
Só triunfo evita maior fiasco da seleção
Presssionado nas eliminatórias, time pode estabelecer pior campanha da história no classificatório se tropeçar no Chile
Qualquer resultado que não
seja a vitória põe em xeque
o emprego de Dunga, ainda
mais fragilizado no cargo
após o bronze em Pequim
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A SANTIAGO
A seleção brasileira põe em
jogo hoje, em Santiago, contra o
Chile, às 22h, o limite do técnico Dunga e da mediocridade.
Qualquer resultado que não
seja a vitória do time nacional
coloca em xeque o emprego do
treinador gaúcho, na berlinda
depois da Olimpíada de Pequim e por começar a sétima
rodada do qualificatório para o
Mundial de 2010 apenas na
quinta colocação, fora da zona
de classificação direta -só os
quatro primeiros têm esse direito. O quinto ainda joga uma
repescagem contra o quarto colocado da Concacaf.
E um novo tropeço também
dá um xeque-mate na história
do país nas eliminatórias para
as Copas do Mundo.
Desde que o qualificatório
passou a ser disputado no sistema de todos contra todos, nunca antes o Brasil teve um aproveitamento inferior a 50% ao
final de uma rodada (sem contar a jornada inicial de cada eliminatória, quando o time nacional já empatou na estréia).
Hoje, com 9 pontos em 18
disputados, o Brasil está no
exato limite para não ficar abaixo da média. Com um empate
diante dos chilenos, ficaria com
48%. Com derrota, 43%.
Em toda a história, contando
a época em que a eliminatória
era disputada em grupos, só
uma vez o Brasil passou da primeira rodada sem conseguir
atingir o já fraco aproveitamento de 50% -no classificatório
para a Copa dos EUA-94.
A situação da seleção brasileira é delicada e atípica. Além
do perigo que corre Dunga de
perder seu emprego e das críticas do presidente Lula aos jogadores, o Brasil desembarcou
em Santiago correndo o risco
de terminar a rodada até na sétima colocação -disparado a
pior posição da equipe na história das eliminatória.
A necessidade de uma vitória
fez até o técnico Dunga deixar
de lado o esquema cauteloso, e
fracassado, com três volantes
que usou nos últimos tempos.
Ele volta à formação com um
meia ofensivo (Diego) e três
atacantes (Ronaldinho, Robinho e Luis Fabiano).
Os jogadores admitem que só
os três pontos interessam e
tentam mostrar confiança.
"Temos que entrar muito
fortes desde o início do jogo. A
vitória é muito importante e
não podemos pensar em outro
resultado", disse o meia Diego.
"Estamos acostumados com
a pressão. Nada vai nos atrapalhar lá", falou Ronaldinho, o
novo preferido de Dunga.
O time nacional volta para o
Brasil logo depois da partida
em Santiago. Na quarta-feira,
tem uma partida considerada
bem mais fácil, quando recebe a
Bolívia, no seu primeiro jogo no
Engenhão, o estádio construído para os Jogos Pan-Americanos de 2007.
Colaborou SÉRGIO RANGEL, enviado especial a Teresópolis
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