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Auxiliar técnica, Sissi também quer jogar bola
DA REPORTAGEM LOCAL
Não há brasileira que tenha
se adaptado mais ao futebol dos
EUA do que Sissi. A meia, cuja
história se confunde com o origem da seleção que chegou à
prata em Pequim, foi uma das
primeiras brasileiras a desbravar o mercado dos EUA.
Há oito anos, mudou-se para
a América do Norte para disputar a extinta WUSA. Atualmente, concilia a vida de jogadora
com a de técnica. Há duas semanas, foi convidada para ser
auxiliar técnica do Bay Area,
uma das sete franquias da WPS.
Entretanto, aos 41 anos, não
pensa em parar de jogar.
"Se tiver a chance, quero entrar em campo, nem que seja
para jogar 10 ou 20 minutos",
diz a veterana, que foi artilheira
do Mundial de 99. Com a seleção, disputou duas Olimpíadas
(Atlanta-1996 e Sydney-2000)
e três Mundiais (91, 95 e 99).
Uma de suas principais funções atualmente é entrar em
contato com as brasileiras para
saber quais estão dispostas a jogar na WPS no ano que vem.
"A concorrência pelas brasileiras é grande. Quero tentar
trazer Cristiane e Formiga e já
entrei em contato com Ester e
Érica. Como moro aqui há muito tempo, posso ajudá-las na
adaptação", afirmou Sissi, que,
de tão familiarizada com os
EUA, tem dificuldades para se
expressar em sua língua nativa.
Sissi acredita que a WPS contribuirá para o desenvolvimento do futebol feminino do Brasil. Para ela, nem mesmo a conquista do ouro olímpico provocaria mudanças significativas
no atual cenário nacional.
"Com a medalha de prata dá
para ver que a situação continua a mesma. Não sei se o ouro
seria suficiente para mudar alguma coisa. Infelizmente, essa
é a nossa realidade."0
(MB)
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