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FUTEBOL
Boa sorte
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
A sorte está lançada.
Depois do sorteio das eliminatórias do Mundial, dá para
fazer um apanhado de previsões
sobre como será a Copa de 2006.
Muita gente acha que para ser
campeão não é preciso ter sorte,
mas quando se vê uma chave fácil
ou um grupo da morte, logo se vê
que o fator "destino" dá sua parcela de contribuição. O Brasil que
o diga no bom caminho de 2002.
A Inglaterra, por exemplo, está
garantida na Copa da Alemanha.
Dos oito cabeças-de-chave das eliminatórias européias, ninguém se
deu tão bem quanto o English
Team. Seus adversários mais duros, pelo sorteio, são Polônia e
Áustria, seleções de um passado
brilhante e um presente sofrível.
Em sua chave, figuram também
"quintais" ingleses: o País de Gales e a Irlanda do Norte.
Portugal, França, Itália e Espanha são outros líderes de chave
que quase seguramente estarão
na Copa sem passar por repescagem. Só três grupos europeus deixam certa dúvida sobre quem será seu campeão. República Tcheca ou Holanda? Suécia, Croácia
ou Bulgária? Turquia, Dinamarca, Grécia ou Ucrânia? A chave
mais parelha sem dúvida é a 2, a
que se refere à última pergunta.
Pensando na repescagem, tudo
indica que os vices dos grupos
mais fortes avançarão. Alívio para Bélgica, Holanda e Croácia,
possivelmente, e Rússia, talvez.
Na África, quem se deu bem foi
Senegal, que praticamente carimbou seu passaporte. A Nigéria
também está com um pé e meio
na Alemanha. Pior para Camarões e Egito (Grupo 3), Tunísia e
Marrocos (5) e África do Sul e Gana (2). Três desses seis rodarão
(pus na frente meus favoritos).
Vamos para a Ásia. A disputa lá
está meio capenga, com muitas
desistências. Os prognósticos são
dos mais tranquilos. Há oito grupos com quatro equipes cada.
Avançarão os oito cabeças-de-chave: Irã, Uzbequistão, Japão,
China, Emirados Árabes Unidos,
Bahrein, Coréia do Sul e Arábia
Saudita. Sem rodeios, vingarão
sul-coreanos, japoneses, iranianos e sauditas, que vão direto à
Copa. Chineses na repescagem.
As eliminatórias da Concacaf
ficaram mais interessantes com
mata-matas logo no início. Porém nesses mata-matas só um envolvido na disputa tem chance de
morrer. EUA e México caminham
livres ao hexagonal final (também ao Mundial). A terceira vaga, espera-se, ficará com a Costa
Rica. Honduras, treinada por Bora Milutinovic, vai à repescagem
contra a China, sua seleção na
Copa passada. Quem vai ao
Mundial? Bora, como sempre.
A Oceania não requer comentários: Austrália. Essa perde do 5º
da América do Sul: Paulo Autuori
(leia-se Peru). Os quatro primeiros de nossa região? Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, não necessariamente nessa ordem.
Confirmados todos os classificados, estamos em 2006 na Alemanha, lugar que Zagallo conhece
bem desde 1974. A Holanda volta
a encantar, mas Parreira, com
Zagallo ao lado, despacha o ""mamão mecânico" na semifinal.
Outra final com a Alemanha,
outra vitória brasileira. Por quê?
Por sorte, é de novo a vez do Brasil naquela pirâmide das Copas.
Pirâmide das Copas
Se você já esqueceu dessa antiga lenda, ela trata de uma sequência de
campeões do Mundial com a Itália campeã de 1982 no centro de tudo. A Argentina ganhou em 1978 e 1986. A Alemanha, em 1974 e 1990.
O Brasil, em 1970 e 1994. A Inglaterra e a França (países-sede que ganharam nessa condição seu único título), em 1966 e 1998. O Brasil,
em 1962 e 2002. Como deu Brasil em 1958, logo em 2006...
Bola de cristal na Eurocopa
Grupo A: Portugal, em 1º lugar, e Espanha, vice. B: França e Inglaterra. C: Itália e Suécia. D: Alemanha e República Tcheca. Quartas-de-final: Portugal 2 x 1 Inglaterra, Espanha 3 x 2 França, Itália 1 x 0 República Tcheca e Alemanha 2 x 0 Suécia. Semifinais: Portugal 2 x 1 Itália
e Espanha 3 x 1 Alemanha. Final: Portugal 2 x 1 Espanha.
E-mail: rbueno@folhasp.com.br
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