São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2004 |
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LEÃO-MARINHO Alfred Guttman tinha 13 anos quando o pai se afogou no Danúbio. Prometeu que seria um campeão de natação. E o fez de forma magnífica cinco anos depois, ao vencer em Atenas os 100 m e os 1.200 m nado livre. Já era Alfred Hajos: por medo de perseguição, trocara o sobrenome judeu. As provas foram disputadas na baía de Zea, em águas geladas, entre 10C e 15C. A vitória nos 1.200 m, em mar aberto, foi dramática. Os nadadores foram levados de barco ao local da largada. Para atenuar o frio, Hajos lambuzou-se de graxa -mas pouco adiantou. "Tremia em pensar que poderia ter cãibras pela água gelada. A vontade de viver superou completamente a de vencer." Num jantar festivo, o rei da Grécia, George 1º, perguntou a Hajos onde ele havia aprendido a nadar tão bem. "Na água", respondeu o húngaro, que mais tarde trocou as piscinas pelos campos de futebol e virou um renomado arquiteto. Texto Anterior: Vinho e Vitória Próximo Texto: 393 d.c. a 1896 d.c.: Jogos proibidos Índice |
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