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Desigualdades e desdém da FPF revoltam "nanicos" do Paulista
EDUARDO ARRUDA
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Para o grande, R$ 10 milhões.
Para os pequenos, menos de R$ 3
mil. Clubes das divisões de acesso
do futebol paulista estão revoltados com a Federação Paulista de
Futebol. Dizem que foram abandonados pela entidade comandada por Eduardo José Farah.
Alegam que a federação prometeu discutir ajuda financeira a
equipes endividadas, mas isso
não acabou ocorrendo. Pelo contrário, o beneficiado foi o poderoso Corinthians, que irá abocanhar
da FPF empréstimo de R$ 10 milhões para ampliar seu estádio.
"A federação nos mandou um
fax dizendo que iria discutir uma
ajuda financeira aos clubes do interior, mas, na verdade, a reunião
[de 25 de julho" serviu só para definir o empréstimo ao Corinthians", disse Rodrigo Falsetti,
presidente do Guaçuano, que disputa a quinta divisão do Paulista.
Segundo ele, o edital de convocação não mencionava o empréstimo aos corintianos. Em dificuldades financeiras, Falsetti reclama da cota destinada -R$ 1.900
por jogo- aos times que disputam a Série B-3. "Só com a taxa de
arbitragem, gastamos R$ 1.300,
mais impostos. Não sobra nada."
O Guapira, da quarta divisão,
também está revoltado. Segundo
o vice do clube, Antonio Carlos
Pires, o Guapira pediu empréstimo de R$ 100 mil, mas não obteve
resposta. "Todos os clubes estão
pendurados, e a federação não
nos ajuda. O Corinthians é grande, não precisa da FPF. Nós não
temos outra alternativa. Caso não
haja mudança radical, a tendência
é deixarmos o campeonato."
O Batatais pede aumento na cota -cerca de R$ 2.800 por jogo. O
Velo Club está com as torres de
iluminação do estádio Benedito
Castelano penhoradas. A Folha
procurou a FPF para comentar o
assunto, mas não teve resposta.
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