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Juiz inventa "simulação" e pune brasileiro
DOS ENVIADOS A SEOGWIPO
O juiz sueco Anders Frisk parece ter entrado em campo ontem
disposto a não cometer os mesmos erros do coreano Kim
Young-joo na estréia da seleção
brasileira contra a Turquia.
Ao contrário do asiático, que
marcou um pênalti inexistente
sobre Luizão e não puniu a simulação de contusão de Rivaldo,
Frisk errou ao dar cartão amarelo
para Ronaldinho por acreditar
que o meia-atacante teria tentado
"inventar" uma falta.
É recomendação expressa da Fifa punir simulações de atletas que
possam induzir os juízes a erros.
Mas aos 23min do primeiro tempo não houve teatro no lance que
rendeu o amarelo do brasileiro.
Ronaldinho colocou a bola entre as pernas de Du Wei, que precisou puxar sua camisa para "matar" a jogada, bem próxima da linha da grande área.
O próprio site da Fifa refletiu a
dúvida. Até os 30min de jogo, o
cartão amarelo era atribuído também ao atleta chinês driblado no
lance. Se fosse confirmado, Du
Wei estaria fora da partida contra
a Turquia no dia 13.
O erro permite que o Brasil solicite à Fifa revisão do cartão baseada nas imagens da televisão. Com
dois amarelos o jogador está automaticamente suspenso da próximo compromisso.
Em outro lance na etapa inicial,
o zagueiro Roque Júnior também
passou pelo adversário com um
drible por debaixo das pernas, na
linha de fundo, e Frisk anotou falta do brasileiro sem que ele tivesse
sequer encostado no chinês.
Sobrou também para o técnico
Luiz Felipe Scolari, advertido pelo
juiz reserva. Geralmente de temperamento explosivo, o técnico
do Brasil passou ileso pelo árbitro
sul-coreano.
As diferenças entre o sueco e o
coreano eram visíveis não só nas
marcações, mas notadamente na
expressão sempre sisuda, bem diferente do sorriso permanente de
Kim Young-joo no último dia
3.
(FV, FM, JAB E SR)
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