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BASQUETE
Uniara, que disputa o torneio pela primeira vez, inicia decisão com o Bauru, melhor time da temporada
Final pode premiar estreante após cinco anos no Nacional
GUILHERME ROSEGUINI
DA REPORTAGEM LOCAL
Acabar com um jejum de cinco
anos e colocar o nome do técnico
João Marcelo Leite no livro de recordes do Nacional masculino.
É com esse objetivo que a Uniara recebe hoje o Bauru, às 18h, no
primeiro confronto da série melhor de cinco que define o campeão brasileiro de basquete.
Estreante no torneio -a competição é disputada no atual formato desde 1990-, o time de
Araraquara, caso conquiste o título, poderá igualar a façanha obtida pelo Corinthians-SP em 1996.
Comandado por Flor Melendez,
a equipe triunfou no primeiro Nacional que competiu. De lá para
cá, nenhum time estreante conseguiu alcançar o topo do pódio.
Uma campanha vitoriosa da
Uniara na finalíssima também garantirá à João Marcelo Leite a designação de técnico mais jovem a
conquistar o Nacional masculino.
Leite, de 28 anos, assumiu a
equipe no dia 29 de março, ainda
na primeira fase, quando o então
treinador da equipe, Tom Zé, precisou abandonar as quadras para
cuidar de um câncer no reto.
"Ele [Tom Zé" é o grande mentor desse time. Por isso o convidei
para reassumir o comando na final, já que se recuperou dos problemas de saúde. Ele, porém, disse que a equipe estava em boas
mãos e pediu para que eu continuasse no banco", explica Leite.
Apesar da pouca experiência, o
técnico da Uniara sabe que o adversário conhece muito bem seu
estilo de comandar uma equipe.
Jorge Guerra, o Guerrinha, técnico de Bauru, foi uma de suas
principais influências no esporte.
Quando era ala-armador da
equipe juvenil do Franca, no início da década de 90, Leite costumava acompanhar as atuações de
Guerrinha à frente da equipe
principal da cidade e da seleção.
"Ele começou a jogar na minha
academia, a Clínica Francana de
Basquete. O Tom Zé também foi
meu atleta. Por isso digo que nessa final está tudo em casa", lembra
o treinador do Bauru.
Comandando o time de melhor
campanha na fase de classificação, Guerrinha tenta seu primeiro
título nacional como treinador.
Ele já chegou à final em 1998,
quando liderava o time de Ribeirão Preto, mas perdeu a decisão
para o Franca de Hélio Rubens.
"Foi uma final complicada, pois
perdemos o mando de quadra.
Mas não guardo mágoas. Ainda
sou um treinador jovem, e as
chances de vencer continuam
aparecendo", lembra Guerrinha.
Apesar de voltar a decisão com
uma equipe mais experiente e
"caseira" -está invicta em seus
domínios há 11 jogos-, Guerrinha prefere descartar o favoritismo. "Essas estatísticas e previsões
funcionam bem no papel, mas,
em uma final, ganha a equipe que
tiver mais vontade de vencer."
NA TV - Uniara x Bauru, ao
vivo, às 18h, na Sportv
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