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Com Alex Mineiro, Palmeiras supera carência de Love
Atual atacante, que fez 29 gols no ano, supera camisa 9 de 2003/2004 como artilheiro em uma temporada neste século
Centroavante palmeirense
agora tenta alcançar média
de gols, de 0,74 por partida,
do atual jogador do CSKA no
time do Parque Antarctica
RENAN CACIOLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O Palmeiras que sentia saudade de Vágner Love levou quatro anos para encontrar um
consolo. Alex Mineiro devolveu
à torcida o hábito de prestigiar
um artilheiro decisivo e segue
atrás das marcas do antigo xodó do Parque Antarctica.
A perseguição a Love começou no Paulista. Desde 2004,
com o então centroavante de
20 anos, o clube não fazia o artilheiro do Estadual. Aos 33, Alex
repetiu o feito e terminou a
competição com 15 gols -três,
só na decisão diante da Ponte
Preta, na última partida.
O atual camisa 9 palmeirense
não se contentou e, com 29 gols
na temporada, ultrapassou Love como maior artilheiro do time no mesmo ano neste século.
Em 2004, quando deixou o Palmeiras, o hoje atacante do
CSKA, da Rússia, fez 26.
Inquieto, Alex Mineiro tenta
superar a última marca que
ainda pertence ao ex-palmeirense, cuja média de gols (0,74)
é superior à sua (0,66). Love fez
49 tentos em 66 confrontos.
Alex, 29 em 44 jogos.
A diferença é que o mineiro
de Belo Horizonte chegou apenas neste ano ao Palmeiras.
Vágner Love defendeu as cores
do clube em 2003 e 2004.
"Me motiva muito saber que
posso ultrapassar esses obstáculos. Vou sempre procurar os
gols para ajudar o Palmeiras e,
se no final puder ser o artilheiro, melhor", afirmou o campeão brasileiro de 2001, quando defendia o Atlético-PR.
Alex conseguiu, em oito meses de clube, dissipar a sombra
de outro ídolo: Edmundo. Os
números comprovam. O eterno
camisa 7 palmeirense anotou
16 gols durante o ano, quase
metade do que já fez Alex a
mais de quatro meses do fim
desta temporada.
"Conheço o Alex, tive a oportunidade de jogar com ele no
Atlético-PR [em 2007]. Mesmo
quando não faz gols, ele ajuda
muito", disse o meia Evandro.
Tanto prestígio, mesmo que
a idade já coloque Alex na fase
descendente da carreira, fez a
diretoria palmeirense bancar
um aumento salarial após duas
propostas terem chegado às
mãos do procurador do jogador, Marcelo Robalinho. A mais
tentadora veio do Japão.
"Tive uma proposta do Gamba Osaka. Já joguei dois anos no
Japão [2005 e 2006, no Kashima Antlers] e sei como é viver
em outro país. Minhas filhas
estão estudando em São Paulo
e, como vivo esse bom momento aqui, achei que não era a hora
de sair", disse o jogador.
O contrato do camisa 9 com o
clube termina em dezembro.
Por enquanto, segundo seu empresário, não se falou em renovação. "Preferimos discutir isso
mais para o final do ano. Vai depender muito dos resultados."
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