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Pesquisa Datafolha mostra que 34% dos entrevistados prestigiam fórmula implantada pela primeira vez no Brasileiro, um empate técnico com os que defendem volta dos mata-matas
Figurante, paulistano aceita pontos corridos
DA REPORTAGEM LOCAL
O paulistano não deve ver nenhum time da capital como campeão do primeiro Brasileiro de
pontos corridos -a chance de o
São Paulo terminar em primeiro é
remotíssima. Mesmo assim, o
apoio na cidade ao atual sistema
de disputa do principal campeonato do país continua igual.
Pesquisa Datafolha realizada na
cidade de São Paulo no último dia
4, quando foram entrevistadas
638 pessoas com mais de 16 anos
de idade, indica que 34% são favoráveis ao Nacional por pontos
corridos, enquanto 37% defendem a volta do mata-mata -a
margem de erro é de quatro pontos percentuais.
Antes do início do campeonato,
37% dos paulistanos eram favoráveis ao sistema de pontos corridos, enquanto 36% afirmavam
preferir o mata-mata.
Apesar de ter sido adotado pela
primeira vez em 2003 e de o mineiro Cruzeiro ter dominado quase de ponta a ponta o campeonato, a maior parte dos que pregam
os pontos corridos acha que o sistema deveria ser mantido exatamente igual ao deste ano.
Setenta e quatro por cento dos
defensores dos pontos corridos
gostariam de ver os próximos
Brasileiros com 24 times e duração de nove meses, o esquema
adotado neste ano. Outros 26%
pensam diferente: querem os
pontos corridos, mas com menos
participantes e um período mais
curto de duração.
A parcela dos paulistanos que
não têm opinião sobre o assunto
continua alta: era de 25% em dezembro, antes do início do Brasileiro, e é de 26% agora.
No sistema de pontos corridos,
os times jogam entre si em turno e
returno. O campeão é o que soma
mais pontos ao final.
No sistema mata-mata do ano
passado, os oito mais bem colocados passaram para a segunda fase,
quando se enfrentaram em jogos
eliminatórios até sair o campeão.
Enquanto entre os que defendem a volta da disputa em duas
fases estão os mais jovens (48%
das pessoas de 16 a 25 anos) e os
que dizem ter muito interesse por
futebol (52%), entre os favoráveis
aos pontos corridos encontram-se os mais escolarizados e os de
maior poder aquisitivo.
Dos entrevistados com curso
superior, 48% pregam que o Brasileiro deveria continuar sendo
disputado por pontos corridos, e
30% defendem a volta do mata-mata. Já entre os que têm apenas o
ensino fundamental existe um
forte equilíbrio: 34% para o sistema antigo, 33% para o atual.
Em relação ao poder aquisitivo,
45% daqueles que têm renda familiar mensal superior a dez salários mínimos acreditam que o
formato deste ano é o melhor. Deles, 33% se disseram favoráveis à
fórmula com mata-matas.
Na divisão por faixa etária, também há diferenças: se entre os
mais jovens a preferência é para o
sistema do ano passado, a situação muda quando se trata dos
mais velhos -pessoas com 41
anos ou mais. Nesse grupo, 35%
disseram preferir os pontos corridos, e 29%, o mata-mata.
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