|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
O PERSONAGEM
Sem salário, Abel vira intocável na Ponte Preta
DIOGO PINHEIRO
DA FOLHA CAMPINAS
Pressão de torcedores, 119
dias sem vencer em casa, um
aproveitamento de 36,5% no
Campeonato Brasileiro (dez
vitórias, 16 empates e 15 derrotas) e a três pontos da zona
de rebaixamento.
Mesmo assim, Abel Braga,
51, continua prestigiado pela
diretoria da Ponte Preta e faz
parte do seleto grupo de técnicos que estão comandando o mesmo clube desde o
início da competição.
Além dele, apenas o cruzeirense Wanderley Luxemburgo, o santista Emerson
Leão, Paulo Bonamigo, do
Coritiba, e Muricy Ramalho,
do Inter, dirigiram a mesma
equipe nas 41 rodadas.
Na Ponte, Abel tenta livrar
o clube do rebaixamento. A
última vez que os ponte-pretanos venceram no Moisés
do Lucarelli foi no dia 13 julho, pela 18ª rodada -1 a 0
diante do Bahia.
O salário de R$ 30 mil está
atrasado há pelo menos três
meses. Abel disse à Folha
que já pensou em deixar o
comando da equipe em duas
oportunidades.
"Na primeira, os jogadores
pediram para eu ficar. Na segunda, a diretoria me convenceu. Posso sair daqui [da
Ponte] amanhã, mas vou dizer que sou ponte-pretano.
Eu tenho um carinho grande por esse clube", justifica.
Na última segunda-feira,
pela terceira vez, Abel colocou o cargo à disposição da
diretoria, mas, após uma
reunião com o vice-presidente e diretor de futebol da
Ponte, Marco Antônio Eberlim, mudou de idéia.
"O treinador é o menos
culpado pela má fase. O motivo da campanha ruim não
é o trabalho do Abel. O
maior problema da Ponte é
a falta de dinheiro. Como
você vai cobrar um funcionário se ele não recebe?"
Texto Anterior: Santistas tentam pressionar mais o líder Próximo Texto: Seleção frustra lateral santista Índice
|