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VÔLEI
Após "treino", brasileiras pegam russas
Atletas batem Argélia com facilidade e enfrentam rivais que as derrotaram na decisão do Mundial-2006
DA ENVIADA A PEQUIM
A Rússia ganhou atenção especial das brasileiras na preparação olímpica. Para adaptar as
jogadoras à cadência do jogo rival, o técnico Zé Roberto desacelerou os treinos. No Japão,
colocou o time para fazer amistosos contra homens. E ontem
realizou seus últimos testes.
A seleção feminina de vôlei
enfrenta as russas na madrugada de amanhã, às 3h30 (horário
de Brasília), após um último
ensaio bem-sucedido, contra a
Argélia, na estréia em Pequim.
O Brasil venceu por arrasadores 3 sets a 0 (25/11, 25/11 e
25/10), em 57 minutos, no Ginásio Capital, em Pequim.
O time nacional aproveitou a
fragilidade do adversário para
testar estratégias que irá colocar em prática contra a Rússia,
que foi derrotada na estréia pela Itália por 3 sets a 1 (25/20,
17/25, 25/16 e 25/23).
O saque foi uma delas. As
brasileiras conseguiram quebrar o passe das argelinas durante todo o jogo, além de marcar cinco pontos diretos. Com
isso, o bloqueio funcionou com
muita eficiência -foram 17
pontos no fundamento, contra
apenas um das adversárias.
A meio-de-rede Fabiana foi a
maior pontuadora, com 11 pontos. Ela não errou nenhum dos
oito ataques e anotou dois pontos de bloqueio e um de saque.
"Usamos esse jogo mais como um treino, para testar as
coisas que queremos mostrar
contra a Rússia. Não conhecíamos a equipe, não tínhamos informações sobre elas, então tivemos de fazer o nosso sem
pensar nas rivais", afirmou a levantadora e capitã Fofão.
Durante a estada da equipe
no CT de Saquarema, no Rio,
antes da disputa do Grand Prix,
Zé Roberto havia feito mudanças no treino para simular o padrão russo. A equipe européia
joga com bolas mais altas e lentas, variando o tempo de marcação do bloqueio.
Elas também têm como ponto forte a força física. Por isso,
além de usar homens nos treinos, o Brasil fez dois jogos com
times masculinos no Japão, onde a seleção ficou hospedada
durante a aclimatação para os
Jogos Olímpicos. "Elas têm de
aprender a defender essas porradas", afirmou o técnico.
Das candidatas ao ouro na
Olimpíada de Pequim, a Rússia
foi a única que não disputou o
Grand Prix, vencido pelo time
brasileiro no fim de julho.
"Temos de nos preparar para
o que virá. Tentamos colher
imagens delas, mas não tivemos esse contato direto como
com outras seleções. E a Rússia
é uma equipe bastante perigosa", disse Zé Roberto.
O último duelo decisivo entre as equipes traz más lembranças às brasileiras. Na final
do Mundial-2006, a seleção
deixou escapar o inédito ouro.
Na semifinal de Atenas-2004,
as algozes também foram as
russas.
(MARIANA LAJOLO)
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