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FUTEBOL
Time explora jogadas pela esquerda e bolas altas, como faz equipe titular, e vence por 3 a 0; Doni sai ovacionado
Reservas do Corinthians batem Criciúma
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL
Os reservas do Corinthians imitaram os titulares ontem e levaram o time a vencer o Criciúma
por 3 a 0, com jogadas marcantes
da equipe quando está completa.
No Pacaembu, os escolhidos de
Geninho para entrar em campo
também apostaram nos lances
pela esquerda e nas bolas pelo alto. Foi assim que saiu o segundo
gol, marcado pelo atacante estreante Leandro Amaral.
Com o resultado, os reservas corintianos conseguiram diminuir o
abismo que tem separado o seu
desempenho e o dos titulares, já
que preservaram algumas das
principais características do time.
Mas o futebol apresentado não
foi brilhante. Como também não
têm sido as últimas atuações do time, mesmo completo.
Gil, Jorge Wagner, Fabinho e
Cocito, contundidos, não jogaram. Kléber, que cumprirá suspensão quarta-feira, contra o River, já deu seu lugar a Roger. Liedson foi poupado, abrindo espaço
para Leandro Amaral. Pingo ganhou uma vaga no meio-campo.
No time misto, o jogador mais
festejado pelos torcedores foi Doni. Tudo porque defendeu um pênalti cobrado pelo lateral Paulo
Baier, aos 23min do segundo tempo tempo, quando o time já vencia por 2 a 0.
Ele teve o seu nome berrado pelos torcedores, que em seguida
gritaram: "é quarta-feira", em referência ao jogo com os argentinos, que fez Geninho escalar mais
reservas do que necessário.
A festa feita pelos torcedores para Doni se justifica porque, caso o
Corinthians vença os argentinos
por um gol de diferença, a vaga
para as quartas-de-final da Libertadores será decidida por meio de
uma disputa de pênaltis.
Mesmo sem os canhotos Kléber, que entrou no final, Gil e Jorge Wagner, o Corinthians explorou os cruzamentos pela esquerda desde o início.
Leandro, que, quando Gil joga,
atua pela direita, avançou por
aquele setor com o reserva Roger.
Porém, faltou eficiência no começo. No primeiro tempo, Roger errou quatro dos seis cruzamentos
que tentou fazer pela esquerda.
A equipe também entrou disposta a manter a estratégia de
abusar das faltas para neutralizar
as jogadas do rival. Tanto que, na
etapa inicial, fez 14 infrações contra dez do Criciúma, de acordo
com o Datafolha.
Antes do início da rodada, o clube catarinense era o quarto mais
violento do Nacional. Os corintianos ocupavam a sexta posição
nesse ranking.
Na hora de usar a força, o time
paulista tentou seguir a ordem de
Geninho, que pede faltas longe da
área. Resultado: o atacante Leandro terminou o primeiro tempo
como o mais violento do time,
com três faltas.
Seu xará, Leandro Amaral, teve
a estréia que queria, após passagens decepcionantes por São Paulo e Palmeiras. Aos 43min do primeiro tempo, ele deu o passe para
Fabrício chutar e abrir o placar no
Pacaembu.
Na etapa final, aos 14min, de cabeça, Amaral fez seu primeiro gol
pelo clube.
A vantagem de dois gols fez Geninho colocar ainda mais reservas. E deu tempo para o time fazer
mais um. Aos 38min, após escanteio, Fábio Luciano chutou e fez
seu quarto gol no Brasileiro. O zagueiro é o artilheiro do time na
competição, ao lado de Liedson.
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