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VÔLEI
Entidade, porém, não abre mão da roupa mais justa
Federação autoriza uniforme de corpo inteiro para muçulmanas
DA REPORTAGEM LOCAL
Conhecida por querer tornar
mais sensual a modalidade já há
alguns anos, a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) decidiu fazer uma concessão às jogadoras
dos países muçulmanos.
Em vez dos tradicionais uniformes justos que têm caracterizado
os torneios, as atletas desses países poderão utilizar um novo modelo que cobre as pernas e os braços, como prega a religião.
A idéia é que esse modelo seja
semelhante ao maiô "fast skin"
utilizado na natação, que se notabilizou na Olimpíada de Sydney,
há três anos. Ou seja, um modelo
também colado ao corpo, de
acordo com o desejo da FIVB de
tentar atrair mais torcedores.
A medida, que entrará em vigor
já neste ano, foi tomada na semana passada, em reunião do Comitê Executivo da entidade em Lausanne, na Suíça. Atendeu aos pedidos recorrentes das federações
de países muçulmanos que disputam normalmente os torneios internacionais, sempre com os modelos mais curtos e justos.
Em meados de 1998, a FIVB decidiu instituir, para "tornar o jogo
mais atrativo", uniformes em tecidos aderentes. Na ocasião, foi
lançado o modelo "macaquinho",
em peça única, cujo comprimento ia até 5cm abaixo da virilha.
Várias seleções ao redor do
mundo reclamaram, entre elas a
brasileira, que entrou com um pedido formal na FIVB para poder
utilizar o modelo tradicional, com
camisa e sunga. A entidade autorizou, mas manteve obrigatórios
a roupa justa e as medidas.
As brasileiras diziam que o uniforme era apelativo e o apelidaram de "É o Tchan", em alusão ao
grupo musical baiano.
(MSK)
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