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Gil e Rogério, de novo, ditam vitória do Corinthians
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL
A dupla Gil e Rogério salvou o
Corinthians ontem de novo. O
volante cobrou o pênalti sofrido
pelo atacante, no segundo tempo,
e assegurou a vitória por 1 a 0 sobre o Paraná, no Pacaembu.
Pela primeira vez, a equipe paulista conseguiu duas vitórias seguidas no Brasileiro deste ano.
Na quarta-feira, os corintianos
bateram o Coritiba, de virada, por
2 a 1. Na ocasião, os gols foram feitos por Gil e Rogério.
"Não é a minha reabilitação, é a
do Corinthians", disse Gil, que
chegou a ficar sete meses sem
conseguir marcar um gol.
Os corintianos se mantiveram
fora da zona de rebaixamento.
"Temos que evoluir aos poucos.
Primeiro encostar no bloco intermediário, depois nos líderes",
afirmou Tite. Os comandados dele deram também o segundo passo para cumprir a meta estabelecida por eles antes do confronto
com o Coritiba: conquistar nove
pontos em três jogos. Agora falta
bater o Criciúma, na terça-feira.
No primeiro tempo, o Paraná
foi mais ofensivo. Fez dez finalizações, contra seis dos corintianos.
Porém os visitantes só acertaram
um desses arremates. Os paulistas
concluíram duas vezes com precisão na etapa inicial.
As melhores chances do time de
Tite aconteceram nos contra-ataques, graças ao atacante Gil. Marcado individualmente por Beto,
ele recebeu uma falta para cada
um dos quatro dribles que aplicou nos primeiros 45 minutos.
Com essas quatro infrações, Beto foi para o vestiário como o jogador mais faltoso. Ele só levou o
cartão amarelo aos 43min.
Além das jogadas de Gil pela esquerda, o Corinthians tentou pela
direita com o meia Fábio Baiano,
o mais acionado do time na etapa
inicial, com 16 bolas recebidas.
Os corintianos voltaram para o
segundo tempo tentando jogar
mais pelas laterais. Os alas Rosinei
e Zé Carlos foram pouco acionados no primeiro tempo.
Mas a equipe paulista voltou a
cometer um erro que motivou críticas de Tite no intervalo: o excesso de passes para os lados e para
trás. "Quando falta objetividade
você não consegue criar oportunidades", reclamou o técnico.
Rosinei e Fábio Baiano foram os
que mais tentaram seguir as
orientações de Tite no começo da
etapa final. Com rápidas trocas de
passes, eles criaram chances, mas
falharam na pontaria.
Mas, na tentativa de evitar um
contra-ataque, Rosinei fez falta e
recebeu o seu terceiro cartão amarelo -ele não pega o Criciúma.
Insatisfeito, Tite demorou apenas dez minutos para mexer na
equipe. Aos 10min, tirou Marcelo
Ramos, que não marca um gol
desde 5 de maio, e colocou Jô. O
reserva não balança a rede desde o
dia 16 de maio, na vitória sobre o
Guarani, no Nacional.
Pouco depois de entrar, Jô iniciou, pela direita, a jogada que originou o gol. Ele tocou para Fábio
Baiano, que serviu Gil. O atacante
driblou Cláudio e sofreu o pênalti.
Aos 18min, Rogério cobrou,
sem chance para Flávio. Foi seu
quinto gol no Brasileiro. Capitão
corintiano, ele é também o principal goleador do time no Nacional.
"Nunca passou pela minha cabeça ser artilheiro da equipe. Não
é minha meta", disse Rogério.
Depois de marcar o gol, o Corinthians recuou e passou a se arriscar apenas quando partia nos
contra-ataques. E o final foi dramático, como ocorrera com o Coritiba, com várias chances desperdiçadas pelo adversário.
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