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Dirigentes são o maior obstáculo para mudanças
DO ENVIADO A SILVERSTONE
As sugestões de Nigel Mansell para apimentar a F-1 já passaram algumas vezes pela pauta de reuniões da FIA (entidade
máxima do automobilismo).
Mas foram derrubadas pelos
mesmos adversários: os chefes
das equipes.
Na visão dos dirigentes, cortar parte da tecnologia elevaria
os custos da categoria. Hoje,
como disse Mansell, é difícil ver
um câmbio quebrar. Os times
alegam que a volta ao sistema
manual implicaria mais quebras e, portanto, mais gastos.
Outra alegação usada é a de
que os pilotos, hoje, já chegam
das categorias de base com
uma formação "tecnológica".
Não saberiam, segundo os dirigentes, operar sistemas mais
rudimentares. E isso também
aumentaria as quebras -e os
custos, claro.
E foi essa resistência dos chefes de equipe que derrubou, há
duas semanas, Max Mosley,
presidente da FIA. O inglês,
que dirige o automobilismo
mundial desde 91, pediu renúncia da entidade um ano antes do término do mandato.
"Os chefes de equipe só pensam nos seus próprios interesses, nos seus carros, nos seus
investidores. Esqueceram o esporte", declarou Mosley, em
Magny-Cours, ao explicar os
motivos de sua decisão.
(FSX)
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