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FUTEBOL
Torneio derrubou técnicos, aposentou estrelas e deu início a um novo ciclo em várias seleções que devem ir à Copa
Eurocopa redesenha a corrida por 2006
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Eurocopa acabou faz uma semana, mas o seu legado valerá
muito até a Copa de 2006.
O torneio europeu de seleções
alterou sensivelmente várias equipes que deverão estar no Mundial
que acontecerá na Alemanha.
A própria seleção anfitriã vai ter
que começar seu trabalho do zero.
Único país já classificado para a
Copa, a Alemanha tentará seu
quarto título mundial sem Rudi
Völler, treinador que deixou o comando da seleção após o fracasso
ainda na primeira fase da Euro.
Os alemães têm alguns treinadores em evidência, como Otto
Rehhagel. Porém o técnico campeão europeu, que tem contrato
acertado com a Grécia até 2006,
ainda não deu sinal positivo à federação alemã. Dentre os cotados
para dirigir a seleção da casa na
Copa, estão Lotthar Matthäus,
técnico da Hungria, e Morten Olsen, treinador da Dinamarca.
Itália e Espanha são potências
européias que também estão começando do zero seus trabalhos
rumo à Copa de 2006. Os dois países, no entanto, já definiram os
seus novos comandantes. Marcel-lo Lippi treinará a ""Squadra Azzurra", e Luis Aragonés tomou o
controle da chamada ""Fúria".
A Holanda foi às semifinais da
Eurocopa, mas a campanha não
convenceu os torcedores. A pressão fez com que Dick Advocaat
deixasse a equipe ainda sem rumo. Os holandeses deverão sofrer
ainda com a aposentadoria de alguns de seus principais jogadores,
como Frank de Boer, Stam, Van
der Sar e Overmars.
Situação parecida com a da Holanda vive Portugal. O anfitrião da
Eurocopa conseguiu segurar Luiz
Felipe Scolari até 2006, mas a
equipe deverá agora passar por
eliminatórias sem a ajuda de alguns de seus mais consagrados
atletas, como Rui Costa -além
dele, Figo e Fernando Couto podem não vestir mais a camisa da
seleção vice-campeã européia.
A França, considerada a mais
poderosa seleção européia da
atualidade pelos jogadores que
possui -era a grande favorita para a Euro-, corre o risco de perder Zidane, o melhor jogador do
planeta. Além dele, toda uma vitoriosa geração vai se despedindo.
O zagueiro Desailly já disse adeus.
A Croácia, que já chegou a ficar
em terceiro lugar em Mundial, foi
outra equipe que ficou sem técnico e sem rumo após a Euro que
mais surpresas teve na história.
Além de equipes de bom poderio que não jogaram a Eurocopa,
como Turquia e Romênia, as eliminatórias para o Mundial de
2006 verão equipes pouco badaladas em grande ascensão. É o caso
da Grécia e da República Tcheca,
equipe que fez ótima campanha
até a semifinal da Euro -venceu
seus quatro primeiros jogos, sendo que três desses de virada.
São 51 países lutando por 13 vagas nas eliminatórias européias
para a Copa. Até o Cazaquistão
disputa agora uma vaga no Mundial nas eliminatórias do velho
continente, que não sabia até agora o que era ""dança de técnicos".
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