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FUTEBOL
Diferentemente das últimas vezes que posto ficou vago na seleção, agora alguns cotados fazem até lobby pelo cargo
Saída de Scolari assanha técnicos do país
FÁBIO VICTOR
DA REPORTAGEM LOCAL
FERNANDO MELLO
DO PAINEL FC
O que até outro dia era um fardo
rejeitado pela maioria dos técnicos do país virou, após a conquista do pentacampeonato, alvo de
cobiça e assanhamento desses
mesmos profissionais.
Nem bem Luiz Felipe Scolari
anunciou que vai deixar o comando da seleção brasileira para se
dedicar à família e ao sonho de
trabalhar no futebol europeu, alguns dos cotados para sucedê-lo
no cargo já se ouriçaram à espera
de um convite de Ricardo Teixeira, presidente da CBF.
A atitude mais incisiva partiu de
Wanderley Luxemburgo, que
ocupou a cadeira de Scolari entre
1998 e 2000 e hoje treina o Palmeiras. Depois que terminou a entrevista de Scolari anteontem, ele
trocou pelo menos três telefonemas com Marcos Moura Teixeira,
primo do presidente da CBF e ex-coordenador técnico da seleção.
Luxemburgo queria informações sobre a sucessão e deixou claro para o amigo que é candidatíssimo ao posto aberto por Scolari.
Foi com o crivo de "Marquinhos",
como o primo de Teixeira é conhecido, que o técnico palmeirense foi para a seleção em 98. Os
dois, então no Corinthians, participaram do jantar na casa do empresário J. Hawilla que selou a
contratação do treinador.
Entretanto, para não diminuir
suas chances -já afetadas pela
forma vexatória como deixou a
seleção após a Olimpíada-, Luxemburgo se esquivou ao ser
questionado sobre o assunto.
Outro que fica excitado ao ser
citado com um dos prováveis
candidatos ao cargo é Tite, treinador do Grêmio e uma das revelações nacionais da profissão.
"Não abro mão de ter esse sonho. Comandar a seleção é a ambição de todo técnico brasileiro, e
eu não fujo à regra. Fico gratificado, sinceramente envaidecido
[em ser apontado como um dos
cotados para a vaga"", disse Tite.
Para ele, nem o "fantasma" de
Scolari -que admitiu a chance
de voltar à seleção no futuro- diminuiu a sua vontade de assumir
o time verde-amarelo.
"O fantasma só muda de nome,
mas sempre vai existir. Se não for
o Felipão, será o Parreira ou outro", afirmou Tite, citando o preferido da CBF para o cargo.
Mas, se for chamado, Parreira
diz que recusará. Oswaldo de Oliveira, do São Paulo, também tem
chances. A CBF deve anunciar o
novo técnico até o final do ano.
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