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Santos encerra turno na degola
Equipe do interino Márcio Fernandes cai diante do Náutico e começa returno em antepenúltimo
Náutico 1
Santos 0
DA REPORTAGEM LOCAL
Mudou o comando, mas não
mudaram os problemas. Em
atuação fraca, o Santos perdeu
para o Náutico, ontem à noite,
no Recife, e terminou o primeiro turno do Nacional em 18º.
Foi a décima derrota no Brasileiro, a primeira com Márcio
Fernandes na direção do time.
O técnico interino, que assumiu após a saída de Cuca, já dirigira a equipe na quinta rodada, no 0 a 0 com o São Paulo.
Além de não conseguir terminar o primeiro turno fora da
zona do rebaixamento, o Santos perdeu para um adversário
direto contra o descenso.
Com a vitória, os pernambucanos somaram 21 pontos e
deixaram a faixa dos quatro
piores. O Santos, estacionado
nos 17 pontos, vê Fluminense e
Ipatinga, os dois últimos colocados na tabela, próximos
-ambos têm 16 pontos.
"Enquanto a gente tiver forças, vai lutar. Eu não vou aceitar isso, a gente vai lutar e vai tirar o time [da zona do rebaixamento]", disse o goleiro Douglas, no final da partida.
O próximo jogo do Santos será no domingo, contra o Flamengo. Até lá, a diretoria deve
definir se Márcio Fernandes
seguirá no cargo de treinador.
Sem o atacante Maikon Leite, com dores no joelho, e Molina, com uma contusão na coxa,
Fernandes optou por um time
defensivo. Além de três zagueiros (Marcelo, Domingos e Fabiano Eller), o time tinha dois
volantes (Dionísio e Adoniran).
Na frente, Michael era o único armador. Tiago Luís e Kléber Pereira formaram a dupla
de atacantes santistas.
A estratégia alvinegra e a
pouca qualidade do meio-campo proporcionaram passes errados (o Datafolha contou 51,
de 182 tentados), faltas (25 no
total) e poucas oportunidades
de gol (seis, sendo duas certas).
Isolado no ataque, Kléber Pereira era pouco acionado. Só
aos 25min de jogo, o Santos deu
seu primeiro chute a gol.
Com tantos erros e pouco futebol, o gol santista só ficou
perto de sair graças a um lance
infeliz do arqueiro Eduardo.
Carleto cruzou, e o camisa 1 do
Náutico, que tinha a bola fácil
para defender, atrapalhou-se e
quase a colocou para dentro.
"Na situação em que o time
está, a gente tenta voltar para
ajudar a marcar. Temos que tocar a bola de primeira, porque o
campo está muito ruim". disse
o artilheiro Kléber Pereira.
O segundo tempo foi uma repetição do primeiro, mas o
Náutico foi mais ofensivo e
conseguiu marcar. Na cobrança
de escanteio, aos 20min, Negreti testou firme: 1 a 0.
Com Michael, única opção
para criação de jogadas -foi o
mais acionado pela equipe ao
receber sete bolas-, apagado,
Fernandes colocou Wesley na
vaga de Carleto, trazendo Michael para a lateral. Mas a situação santista não mudou. O time
continuou criando pouco.
Nem as bolas erguidas na
área resolveram. De 19 tentas,
somente três foram certas.
Os pernambucanos ainda tiveram boas oportunidades para aumentar o placar, mas a falta de qualidade impediu que
outro gol acontecesse.
Colaborou a Agência Folha, em Recife
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