São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 2008

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Santos encerra turno na degola

Equipe do interino Márcio Fernandes cai diante do Náutico e começa returno em antepenúltimo

Náutico 1
Santos 0


DA REPORTAGEM LOCAL

Mudou o comando, mas não mudaram os problemas. Em atuação fraca, o Santos perdeu para o Náutico, ontem à noite, no Recife, e terminou o primeiro turno do Nacional em 18º.
Foi a décima derrota no Brasileiro, a primeira com Márcio Fernandes na direção do time. O técnico interino, que assumiu após a saída de Cuca, já dirigira a equipe na quinta rodada, no 0 a 0 com o São Paulo.
Além de não conseguir terminar o primeiro turno fora da zona do rebaixamento, o Santos perdeu para um adversário direto contra o descenso.
Com a vitória, os pernambucanos somaram 21 pontos e deixaram a faixa dos quatro piores. O Santos, estacionado nos 17 pontos, vê Fluminense e Ipatinga, os dois últimos colocados na tabela, próximos -ambos têm 16 pontos.
"Enquanto a gente tiver forças, vai lutar. Eu não vou aceitar isso, a gente vai lutar e vai tirar o time [da zona do rebaixamento]", disse o goleiro Douglas, no final da partida.
O próximo jogo do Santos será no domingo, contra o Flamengo. Até lá, a diretoria deve definir se Márcio Fernandes seguirá no cargo de treinador.
Sem o atacante Maikon Leite, com dores no joelho, e Molina, com uma contusão na coxa, Fernandes optou por um time defensivo. Além de três zagueiros (Marcelo, Domingos e Fabiano Eller), o time tinha dois volantes (Dionísio e Adoniran).
Na frente, Michael era o único armador. Tiago Luís e Kléber Pereira formaram a dupla de atacantes santistas.
A estratégia alvinegra e a pouca qualidade do meio-campo proporcionaram passes errados (o Datafolha contou 51, de 182 tentados), faltas (25 no total) e poucas oportunidades de gol (seis, sendo duas certas).
Isolado no ataque, Kléber Pereira era pouco acionado. Só aos 25min de jogo, o Santos deu seu primeiro chute a gol.
Com tantos erros e pouco futebol, o gol santista só ficou perto de sair graças a um lance infeliz do arqueiro Eduardo. Carleto cruzou, e o camisa 1 do Náutico, que tinha a bola fácil para defender, atrapalhou-se e quase a colocou para dentro.
"Na situação em que o time está, a gente tenta voltar para ajudar a marcar. Temos que tocar a bola de primeira, porque o campo está muito ruim". disse o artilheiro Kléber Pereira.
O segundo tempo foi uma repetição do primeiro, mas o Náutico foi mais ofensivo e conseguiu marcar. Na cobrança de escanteio, aos 20min, Negreti testou firme: 1 a 0.
Com Michael, única opção para criação de jogadas -foi o mais acionado pela equipe ao receber sete bolas-, apagado, Fernandes colocou Wesley na vaga de Carleto, trazendo Michael para a lateral. Mas a situação santista não mudou. O time continuou criando pouco.
Nem as bolas erguidas na área resolveram. De 19 tentas, somente três foram certas.
Os pernambucanos ainda tiveram boas oportunidades para aumentar o placar, mas a falta de qualidade impediu que outro gol acontecesse.


Colaborou a Agência Folha, em Recife


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