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Guerra Fria/EUA - Sérgio Dávila
O animador de torcida
EU IA falar de Kobe
Bryant, a estrela de 29
anos e 1,98 m do Los
Angeles Lakers que é o atleta
mais bem pago de todos os que
participam da Olimpíada (faturou 24,5 milhões em 2007,
segundo a revista "Forbes"), foi
batizado pelos pais com o nome de um corte de carne bovina japonesa, é tratado como semideus em Pequim e disse que
mudará o sobrenome para Giovanni se o time de basquete dos
EUA não levar ouro.
Mas a verdadeira estrela norte-americana dos jogos até agora é um ex-animador de torcida
masculino ("male cheerleader", no linguajar local) da Phillips Academy de Andover,
Massachusetts, ex-corredor de
longa distância transformado
em atleta de mountain bike por
conta de um problema no joelho. Estou falando, é claro, de
George Walker Bush, que virou
presença ubíqua nos três primeiros dias dos Jogos.
Teve Bush cansado, estatelado na poltrona, se abanando
com a bandeirinha dos EUA
durante a cerimônia de abertura na sexta. Bush animado, se
recusando a dar o tapinha na
bunda de Misty May-Treanor
para cumprir um ritual do vôlei
de praia. Preferiu, em vez disso,
golpear de leve as costas da jogadora com as costas de sua
mão direita, no sábado.
Teve Bush vítima de trote,
andando pelo estádio com uma
falsa mão de giz pregada em
sua camisa azul suada, cortesia
da jogadora de softbol Laura
Berg. Teve Bush freqüentador
de igreja no domingo -ato
mezzo-corajoso, mezzo-jogando para a torcida, pois ele foi ao
templo oficial apontado pelo
governo, e não a uma das milhares de "igrejas caseiras"
proibidas, freqüentadas por
mais de 100 milhões de chineses, como pediam os movimentos de direitos civis e religiosos.
Por fim, teve Bush filho e pai
torcendo pelo time de Bryant,
que não decepcionou a família
real e fez 101 a 70 nos chineses.
"Essa é uma Olimpíada pessoal
para mim", disse ele. É também
sua última como presidente.
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