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VÔLEI
Com sobras, Brasil passa por cima de algozes
Meninas, superadas pela Rússia em partidas cruciais, fazem 3 a 0
BRASIL
Enfrenta a Sérvia, pelo 3º triunfo, às 3h30 da madrugada de amanhã
EDGARD ALVES
ENVIADO ESPECIAL A PEQUIM
A seleção brasileira mostrou
que está afiada para lutar pela
medalha de ouro do torneio
olímpico feminino de vôlei,
com vitórias acachapantes sobre a Argélia (3 a 0) e a atual
campeã mundial Rússia (3 a 0).
Agora, na próxima madrugada
(3h30 de Brasília), tem mais
um teste difícil: pega a Sérvia.
Sobre a nova adversária, o
técnico Zé Roberto Guimarães
afirmou que "o time está completo e é bom". Mas o Brasil levou vantagem sobre a Sérvia no
Grand Prix, recentemente.
Destacou ainda que a Sérvia é
considerada "a equipe brasileira da Europa", ou seja, tem um
estilo muito parecido com o da
seleção nacional. "O Zé sabe tudo dos rivais e agora passa as informações. O certo é que a Sérvia vai exigir muito mais do que
a Rússia", disse a ponta Mari.
A central Fabiana, um dos
destaques da partida de ontem,
também é cautelosa. "A Sérvia
joga mais rápido, um adversário mais difícil. Vamos precisar
de concentração total."
A ponta Paula Pequeno
aponta a boa estatura e bloqueio e ataque fortes como os
pontos que são mais importantes na equipe européia.
Ontem, no Ginásio Capital,
num jogo carregado de temor
por causa dos últimos reveses
sofridos diante das russas -especialmente na semifinal da
Olimpíada de Atenas-04 e na final do Mundial do Japão-06-,
as brasileiras venceram de forma contundente, até mesmo
espetacular, sem dar chance de
reação, com parciais de 25/14,
25/14 e 25/16, em apenas uma
hora e quatro minutos.
"O resultado foi surpreendente. Eu esperava mais luta,
mas elas [russas] desistiram de
jogar", declarou Mari, criticada
em Atenas, quando diante da
Rússia, na partida que valia a
passagem à final, cometeu erros em momentos decisivos.
As russas, antes de encarar as
brasileiras, já haviam perdido
das italianas em Pequim.
A equipe toda destacou a força defensiva como o ponto de
desequilíbrio a favor do Brasil.
"Olhando os números, parece
que foi fácil, mas não é bem assim. Nós determinamos o ritmo, e elas não acharam o jogo",
falou Paula Pequeno.
O Brasil começou jogando
com a levantadora Fofão, as
pontas Mari e Paula, as centrais
Walewska e Fabiana, a oposto
Sheilla e a líbero Fabi.
Todas elas estavam no grupo
vice mundial dois anos atrás.
Sobre os tropeços passados, nenhuma quer mais comentar.
Já o técnico da Rússia, o italiano Giovanni Caprara, não
poupou elogios ao Brasil, em
especial pela precisão técnica.
Criticou sua própria equipe,
insinuando que as jogadoras
não se esforçaram para participar do último Grand Prix
-vencido pelo Brasil pouco antes dos Jogos-, fato que está
pesando na campanha em Pequim. "Falta ritmo de jogo."
A seleção brasileira disputa o
Grupo B, juntamente com Argélia, Rússia, Sérvia, Cazaquistão e Itália. O Grupo A tem Japão, Venezuela, Polônia, Cuba,
China e EUA. Os quatro primeiros de cada chave são emparceirados na segunda fase
para jogos mata-mata.
14
pontos fez a meio-de-rede Fabiana contra a Rússia. Ela já havia sido a
principal pontuadora da
seleção na estréia, contra
a Argélia, com 11 pontos.
Também tiveram alto
rendimento no ataque na
vitória de ontem as pontas Paula Pequeno (13
pontos) e Mari (10) e a
oposto Sheilla (11). A
principal anotadora da
Sérvia, próxima rival do
Brasil, é Brakocevic (31
pontos em dois jogos).
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