São Paulo, domingo, 13 de abril de 2003 |
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FUTEBOL Após esperar 40 minutos pela luz, time ganha a primeira no Nacional Aceso, Corinthians goleia o Paysandu no Pacaembu
DA REPORTAGEM LOCAL Custou, mas enfim a vitória brilhou para o Corinthians no Campeonato Brasileiro. Em um Pacaembu que sofreu um ""apagão", o Paysandu foi ofuscado: 6 a 1. O time de Geninho se aqueceu, recebeu o calor da torcida em meio ao clima frio no Pacaembu e ganhou um balde de água fria quando houve queda de energia no estádio. Uma torre de iluminação escureceu e atrasou o jogo. Os jogadores das duas equipes voltaram ao vestiário e fizeram um novo aquecimento. O árbitro Evandro Rogério Roman ouviu os técnicos, que queriam a partida. Esperou pela luz, mas houve um ""apagão" maior (processo para a retomada da iluminação). Após 40 minutos de atraso, tudo ficou bem claro no Pacaembu. O Paysandu, aquecido com mangas compridas (poucos atletas do time usaram camisas convencionais), começou a partida a todo vapor. Várias chances apareceram, e a defesa do Corinthians parecia não enxergar os velozes jogadores do adversário. Como um raio, Wélber despontou na cara de Doni e marcou, mas o lance foi tão rápido que o atacante do Paysandu estava impedido -o árbitro conseguiu ver bem a jogada e anulou o gol. Aí o Corinthians acendeu. Três gols relâmpagos congelaram o Paysandu. O zagueiro Fábio Luciano acertou potente chute após receber passe de cabeça na área e tirou o zero do placar aos 20min. Dois minutos depois, o capitão, em noite iluminada, fez de cabeça. Um minuto mais tarde, foi a vez de Liedson usar a cabeça: 3 a 0. Leandro, que raramente atrai os holofotes, ampliou o placar aos 32min após finalizar cruzado, com precisão (fez linda tabela). Os corintianos encontravam vários espaços (os chamados clarões) na defesa do Paysandu. Quando faltavam poucos minutos para acabar o primeiro tempo, Fabinho achou a bola na segunda trave com o gol vazio: 5 a 0. O show já estava garantido. O placar eletrônico, ligado, exibia já a maior goleada do Brasileiro. A torcida, que havia acendido alguns fogos de artifício (sinalizadores) quando o Pacaembu era um breu, esperava tranquila pelo segundo tempo sob a luz da lua. Na volta para o segundo tempo, que foi marcado pela entrada de um guarda-sol em campo (o vento levou a proteção do mesário), o Corinthians não se mostrou mais tão elétrico. O Paysandu, em um lampejo, descontou com Robson aos 11min. Mas já era tarde. No apagar das luzes, Renato ainda fez o sexto, de canhota. Com quatro pontos e agora um saldo positivo de gols, as coisas ficaram mais nítidas para o time de Geninho no Nacional. Mas a clara demonstração de superioridade sobre o Paysandu pode ser um sinal, um farol para a equipe: o apagado rival é a sensação da Libertadores, a luz que o Corinthians mais espera encontrar no final do túnel. (RODRIGO BUENO) Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: Vice-artilheiro, zagueiro pede vaga na seleção Índice |
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