|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Contra o Vasco, técnico Estevam Soares pede a seu time que diminua o ritmo, troque mais passes e valorize a posse
Em casa, Palmeiras quer "esconder a bola"
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
Um time rápido e quase letal
nos contra-ataques, mas vulnerável às investidas dos adversários
por não saber segurar a bola
quando está em vantagem.
Esse é o estilo do Palmeiras que
o técnico Estevam Soares encontrou quando chegou ao Parque
Antarctica -bem diferente do
que ele vê como o ideal.
A partir de hoje, às 16h, contra o
Vasco, no Parque Antarctica, o
treinador palmeirense pretende
implantar no time a tática de "esconder a bola", definida assim pelo próprio Estevam.
Para o treinador, o Palmeiras,
que tem 14 pontos no Nacional,
tem de aprender a aliar a velocidade de seus ataques (característica
marcante no time) à possibilidade
de controlar a posse de bola quando está em vantagem no placar
-habilidade que faltou ao time
quando foi eliminado pelo Santo
André da Copa do Brasil ao ceder
um empate nos dez minutos finais do jogo que vencia por 4 a 2.
"Todos os grandes times da história sabiam controlar bem a posse de bola: o São Paulo do Telê, o
Palmeiras da Academia... Você
procurava a bola e não achava.
Eles escondiam", diz Estevam.
No Brasileiro, o time do Parque
Antarctica ainda está longe de
atingir o que pretende o técnico.
No ranking de passes do Datafolha, os palmeirenses aparecem
apenas na oitava posição. Em média, trocam 297 passes por jogo,
com 83,8% de acerto.
Como comparação, o Cruzeiro,
time que mais "esconde a bola"
no Nacional, faz 361 passes por
confronto, sendo 85,6% certos.
Apesar disso, Estevam já vê,
após apenas duas semanas treinando o time, uma melhora na
valorização da posse de bola.
"Já estão jogando um pouco
mais com a bola. Mas só vai dar
para ver melhor lá no estádio",
analisa o treinador, que no entanto descarta uma mudança radical
no estilo de jogo do Palmeiras.
"Por enquanto não. Tem que ir
adaptando devagar. Além disso, a
equipe não estava desarrumada",
completa o treinador.
Além de tentar otimizar a troca
de passes, durante a folga no Brasileiro o treinador deu ênfase ao
ensaio de jogadas de bola parada.
"Eu gosto disso. Não é o que determina quem vai ganhar o jogo,
mas tem que criar essas circunstâncias para dar alternativas aos
atletas durante a partida", explica
Estevam, que tem o apoio de seus
atletas para adotar o artifício.
"É bom, uma alternativa quando o jogo está muito fechado",
opina o volante Magrão.
Já no Vasco, que acumula oito
pontos no campeonato, o técnico
Geninho testará uma nova dupla
de zaga, formada por Henrique e
Serjão -os dois ainda atuaram
juntos no Nacional.
Na última vez em que jogou
com o Palmeiras no Parque Antarctica pelo Brasileiro, em novembro de 2001, o time de São Januário venceu por 3 a 1.
NA TV - Globo (menos para
São Paulo), ao vivo, às 16h
Texto Anterior: O que ver na TV Próximo Texto: O personagem: Adãozinho ganha a camisa 10 e diz não ser baladeiro Índice
|