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Brasil ganha e já festeja hepta
Time de Zé Roberto jogaria no início da manhã de hoje, com Japão, para definir conquista do título
Seleção feminina arrasa Cuba e só poderia perder o título do Grand Prix de vôlei por meio de combinação improvável de resultados
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção feminina voltou a
fazer uma apresentação de gala
no Grand Prix de vôlei, arrasou
Cuba por 3 sets a 0 (25/14, 25/
15 e 25/20) e festejou o heptacampeonato antes mesmo de
colocar as mãos na taça.
As atuações brasileiras na fase final em Yokohama colocam
o time como um dos grandes favoritos ao ouro em Pequim.
"Não sei de onde tiramos toda essa concentração que mostramos nos quatro jogos. Vamos buscar daí para melhor",
disse a ponta Mari, maior pontuadora do jogo, com 17 pontos.
Invicta nas finais, a equipe só
deixaria de erguer a taça se perdesse do Japão, às 6h de hoje, e
Cuba batesse a Itália. Ainda assim, os sets precisariam de uma
combinação improvável de resultados. O desempate é feito
com a divisão de pontos marcados pelos sofridos.
A situação é tão distante da
realidade dos dois times, líderes da fase final até ontem, que
a seleção já celebrou o hepta.
"Entramos nesse jogo sabendo que era praticamente a final.
Conseguimos sacar bem e isso
foi decisivo para a nossa vitória", afirmou a meio-de-rede
Thaisa, que encarou a partida
como uma revanche da final do
Pan-Americano do Rio.
"Estava faltando aquela vitória. Foi muito ruim termos perdido em casa, por isso, este resultado de hoje [ontem] tem
um sabor melhor", completou.
Ontem, ela voltou a ser destaque da equipe, principalmente
no bloqueio -o Brasil marcou
12 pontos no fundamento, contra só dois de Cuba.
Quando iniciou a disputa do
Grand Prix, Zé Roberto havia
dito que o torneio seria um treino de luxo para a equipe. Mesmo tendo o título como objetivo, o treinador afirmou que não
deixaria de dar ênfase aos treinos físicos, mesmo que isso significasse um time mais "pesado" em quadra.
As jogadoras, porém, parecem não ter sentido dificuldade
para se adaptar. Até a última
rodada do Grand Prix, a seleção
só havia sofrido uma derrota,
para a China. Durante boa parte da fase de classificação, o time jogou com apenas uma levantadora, Carol. Fofão, com
lesão no joelho, foi poupada.
A seleção também atuou em
algumas partidas sem Paula Pequeno, que machucou o tornozelo, e Jaqueline, com uma
contusão no joelho.
Na etapa decisiva, a equipe
derrotou a China novamente
-havia vencido no fim da primeira fase- e ainda passou por
italianas, norte-americanas e
cubanas, todas candidatas ao
pódio nos Jogos Olímpicos.
O time também tem cinco jogadoras que concorrem a prêmios individuais -Fofão, Mari,
Walewska, Fabi e Thaisa.
"Novamente foi uma grande
apresentação. Evoluímos na
competição e demonstramos
um nível de concentração muito alto, sempre", disse Sheilla.
"Hoje [ontem], não deixamos
Cuba jogar. Parece que elas
nem entraram em quadra. Este
título é muito importante porque nos dá mais confiança,
principalmente, para a Olimpíada. Temos que repetir este
desempenho em Pequim",
completou a oposto.
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