São Paulo, segunda-feira, 14 de julho de 2008

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Blitz define resultado para São Paulo

Equipe do Morumbi aperta nos 10 minutos iniciais de clássico, faz gol e controla resto da partida para bater Palmeiras

São Paulo 2
Palmeiras 1


DA REPORTAGEM LOCAL

O São Paulo apertou nos dez primeiros minutos. O Palmeiras, nos dez minutos derradeiros. No duelo das blitze tricolor e alviverde, levou a melhor quem soube controlar o restante do clássico no Morumbi.
"O São Paulo foi melhor, mereceu vencer", admitiu o goleiro palmeirense Marcos.
Melhor, sobretudo, quando a bola começou a rolar. O time mostrou precisão ao impedir o Palmeiras de desempenhar o que ele faz de melhor no campeonato: trocar passes.
Até o início da rodada, o Palmeiras dominava o fundamento, com média de 335 passes por partida -e acerto de 86,9%.
Segundo o Datafolha, até os 10min do primeiro tempo, o clube do Parque Antarctica não conseguiu tocar na bola cinco vezes seguidas graças à pressão são-paulina -que teve o dedo do técnico Muricy Ramalho ao deixar Aloísio no banco e apostar na velocidade de Dagoberto para apertar a zaga adversária.
Pelo lado direito, Zé Luis e Joílson revezavam-se nas investidas pelas costas de Leandro -de volta ao time titular após acertar a renovação de empréstimo-, que deixava o setor aberto constantemente.
A blitz tricolor deu certo logo aos 7min, quando Jorge Wagner invadiu a área pela direita e cruzou rasteiro. Marcos não conseguiu cortar a bola, e o zagueiro André Dias, sem marcação, completou para as redes.
"Geralmente entro no segundo pau em escanteio, cruzamento, e hoje fui feliz, a bola acabou passando", celebrou o autor do tento, no intervalo.
O São Paulo só não foi impecável porque não transformou o volume de jogo imposto até os 35min em placar mais elástico.
Das 13 finalizações à meta rival, a equipe do Morumbi acertou três. Tirando o gol de André Dias, Borges, aos 4min, e Hugo, aos 14min, foram os outros que assustaram o gol palmeirense.
"Tomamos sufoco do São Paulo. A contagem poderia até estar maior", afirmou o arqueiro do Palmeiras, que viu seu time acertar apenas um chute, de cinco tentados, na direção certa. E ele só veio aos 38min, com o atacante Alex Mineiro. Rogério espalmou sem problemas.
Nos 45 minutos finais, o clássico ganhou equilíbrio. E ganhou, principalmente, maior poder de fogo palmeirense, que chutou nove vezes contra o gol são-paulino (três no alvo).
Na primeira boa trama, Kléber entrou na área pela direita e bateu cruzado, próximo da trave de Rogério. O relógio marcava somente 5min, dando mostras de que os comandados de Vanderlei Luxemburgo esboçariam uma reação.
Acuado, o São Paulo tratou de cadenciar pelo meio, anulando Diego Souza e, na medida do possível, Valdivia, que esteve aquém das atuações realizadas nos outros clássicos entre as duas equipes neste ano.
Para desatar o nó, Luxemburgo fez de tudo, taticamente. Primeiro, sacou o lateral-direito Fabinho Capixaba para dar lugar a um meia, Evandro. Depois, abriu a equipe ao tirar Diego Souza e Léo Lima no miolo para apostar em dois atacantes, Denílson e Lenny.
Com atletas mais leves, o Palmeiras tentou dar o troco e começou a sua blitz nos instantes finais. Mas foi surpreendido.
Aos 37min, Muricy trocou Dagoberto por Éder Luis. Dois minutos depois, ele tabelou com Jorge Wagner antes de chutar -e contar com o desvio em Jeci- para tirar Marcos da bola. 2 a 0. O próprio Jeci ainda descontou aos 48min. (MÁRVIO DOS ANJOS E RENAN CACIOLI)

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