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Blitz define resultado para São Paulo
Equipe do Morumbi aperta nos 10 minutos iniciais de clássico, faz gol e controla resto da partida para bater Palmeiras
São Paulo 2
Palmeiras 1
DA REPORTAGEM LOCAL
O São Paulo apertou nos dez
primeiros minutos. O Palmeiras, nos dez minutos derradeiros. No duelo das blitze tricolor
e alviverde, levou a melhor
quem soube controlar o restante do clássico no Morumbi.
"O São Paulo foi melhor, mereceu vencer", admitiu o goleiro palmeirense Marcos.
Melhor, sobretudo, quando a
bola começou a rolar. O time
mostrou precisão ao impedir o
Palmeiras de desempenhar o
que ele faz de melhor no campeonato: trocar passes.
Até o início da rodada, o Palmeiras dominava o fundamento, com média de 335 passes
por partida -e acerto de 86,9%.
Segundo o Datafolha, até os
10min do primeiro tempo, o
clube do Parque Antarctica não
conseguiu tocar na bola cinco
vezes seguidas graças à pressão
são-paulina -que teve o dedo
do técnico Muricy Ramalho ao
deixar Aloísio no banco e apostar na velocidade de Dagoberto
para apertar a zaga adversária.
Pelo lado direito, Zé Luis e
Joílson revezavam-se nas investidas pelas costas de Leandro -de volta ao time titular
após acertar a renovação de
empréstimo-, que deixava o
setor aberto constantemente.
A blitz tricolor deu certo logo
aos 7min, quando Jorge Wagner invadiu a área pela direita e
cruzou rasteiro. Marcos não
conseguiu cortar a bola, e o zagueiro André Dias, sem marcação, completou para as redes.
"Geralmente entro no segundo pau em escanteio, cruzamento, e hoje fui feliz, a bola
acabou passando", celebrou o
autor do tento, no intervalo.
O São Paulo só não foi impecável porque não transformou
o volume de jogo imposto até os
35min em placar mais elástico.
Das 13 finalizações à meta rival, a equipe do Morumbi acertou três. Tirando o gol de André
Dias, Borges, aos 4min, e Hugo,
aos 14min, foram os outros que
assustaram o gol palmeirense.
"Tomamos sufoco do São
Paulo. A contagem poderia até
estar maior", afirmou o arqueiro do Palmeiras, que viu seu time acertar apenas um chute, de
cinco tentados, na direção certa. E ele só veio aos 38min, com
o atacante Alex Mineiro. Rogério espalmou sem problemas.
Nos 45 minutos finais, o clássico ganhou equilíbrio. E ganhou, principalmente, maior
poder de fogo palmeirense, que
chutou nove vezes contra o gol
são-paulino (três no alvo).
Na primeira boa trama, Kléber entrou na área pela direita e
bateu cruzado, próximo da trave de Rogério. O relógio marcava somente 5min, dando mostras de que os comandados de
Vanderlei Luxemburgo esboçariam uma reação.
Acuado, o São Paulo tratou
de cadenciar pelo meio, anulando Diego Souza e, na medida
do possível, Valdivia, que esteve aquém das atuações realizadas nos outros clássicos entre
as duas equipes neste ano.
Para desatar o nó, Luxemburgo fez de tudo, taticamente.
Primeiro, sacou o lateral-direito Fabinho Capixaba para dar
lugar a um meia, Evandro. Depois, abriu a equipe ao tirar
Diego Souza e Léo Lima no
miolo para apostar em dois atacantes, Denílson e Lenny.
Com atletas mais leves, o Palmeiras tentou dar o troco e começou a sua blitz nos instantes
finais. Mas foi surpreendido.
Aos 37min, Muricy trocou
Dagoberto por Éder Luis. Dois
minutos depois, ele tabelou
com Jorge Wagner antes de
chutar -e contar com o desvio
em Jeci- para tirar Marcos da
bola. 2 a 0. O próprio Jeci ainda
descontou aos 48min.
(MÁRVIO DOS ANJOS E RENAN CACIOLI)
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