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VÔLEI
Vitórias de arrasar servem de alerta à seleção feminina
Para líbero Fabi, após bater Sérvia e garantir vaga nos mata-matas, time "não pode baixar a guarda"
DA ENVIADA A PEQUIM
As vitórias arrasadoras, por 3
sets a 0, com parciais dilatadas,
criaram uma situação de desconforto para a seleção feminina de vôlei em Pequim.
Não que o time esteja insatisfeito com os resultados. A preocupação é manter a concentração e a paciência intactas na espera pelas partidas que prometem ser mais complicadas.
Na madrugada de ontem, as
brasileiras superaram sem
grande dificuldade a Sérvia, por
3 a 0 (25/15, 25/15 e 25/23), e se
classificaram de forma antecipada às quartas-de-final.
O placar apertado do terceiro
set foi uma amostra do que não
pode acontecer na caminhada
rumo à medalha.
"A gente baixou um pouco a
guarda, e isso não pode acontecer", afirmou a líbero Fabi.
"Quando você joga contra um
time mais frágil, gera uma certa
chateação porque você sabe
que pode jogar mais. Também
não pode achar que vai ganhar a
qualquer hora. Esses jogos são
os mais complicados."
Apesar dos pequenos vacilos
na terceira parcial, a seleção fez
uma apresentação excelente
contra as sérvias.
A chave do time foi o saque.
As brasileiras anotaram cinco
pontos no fundamento e, quando não conseguiram colocar a
bola direto no chão, dificultaram os passes das rivais.
Com isso, o bloqueio funcionou. Foram 13 pontos no fundamento, 6 apenas da ponta
Paula Pequeno, que nem é especialista na função. A maior
pontuadora da partida foi a
oposto Sheilla (15). Paula anotou 13, a central Walewska, 11, e
a ponta Mari, 10. A outra central, Fabiana, somou sete.
"Nosso sistema defensivo
melhorou bastante desde o
Grand Prix [torneio que o Brasil venceu em julho]. Ainda estão caindo umas bolas bobas
que não podem cair, mas o time
está bem", disse o técnico José
Roberto Guimarães, que não
acredita que a seleção vá se acomodar com a boa fase.
"Tento colocar isso na cabeça
delas. Esse time já passou por
muita coisa, elas sabem. Não
adianta ganhar só agora, tem de
buscar a medalha, senão tudo
muda", afirmou ele.
As falhas da defesa, no entanto, foram pequenas. Como também foram cometidos poucos
erros pela equipe nacional -9
contra 17 das rivais.
Agora as brasileiras enfrentam o Cazaquistão, à 1h de amanhã (horário de Brasília).
A partida que deve decidir o
primeiro colocado do grupo será contra a Itália, na madrugada de sábado.
"Ganhar os jogos é bom, mas
a gente tem que buscar esse primeiro lugar", disse Zé Roberto,
já pensando em um cruzamento menos duro na próxima fase.
Para deixar todo o time em
forma, ele deve colocar muita
reservas para atuar amanhã no
Ginásio Capital. Algumas jogadoras foram pouco utilizadas
até aqui. Contra a Sérvia, por
exemplo, as atacantes Jaqueline e Valeskinha, mais a levantadora Carol, não entraram em
quadra e Sassá e Thaisa jogaram pouco.
(MARIANA LAJOLO)
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