São Paulo, domingo, 14 de dezembro de 2003 |
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Hoje, o Brasileiro vai doer
DA REPORTAGEM LOCAL O Nacional-2003 conclui hoje uma saga de quase nove meses com a sobremesa digna de um cardápio que o torcedor brasileiro nunca experimentara. Nesta tarde, quando pela primeira vez em 33 anos não haverá uma final, o desespero de seis times contra o rebaixamento aguça o paladar. No mais longo dos campeonatos, com 46 rodadas e 552 partidas, campeão, vice e terceiro colocado saíram com antecedência. Não a esperada pelos críticos do inédito sistema de pontos corridos. Suficiente, porém, para um prognóstico nada animador sobre a última e derradeira jornada. Ocorre que o campeonato reservou para seu último dia não uma, mas cinco decisões. Pelo menos é assim que Fluminense, diante do Juventude, Grêmio, que recebe o Corinthians, Paysandu, que encara o Atlético-PR, Bahia, contra o campeão Cruzeiro em busca dos cem pontos, e Ponte Preta e Fortaleza, em disputa decisiva, deverão se comportar. Desses cinco jogos, dois times deixarão o campo rebaixados para a Série B em 2004. Quatro comemorarão a sobrevivência na divisão principal como título. Se o Brasileiro de pontos corridos manteve suspense até o final na parte baixa da tabela, em outras alturas ele também empolgou. Em igual medida, frustrou. Na metade do campeonato, o êxodo de jogadores para o exterior, Kaká à frente, desfigurou equipes que não mais conseguiram se reerguer, como as de Corinthians e Vasco. Outras acabaram se superando, como o bem planejado Cruzeiro de Luxemburgo. A situação parecia limite. Só que a debandada colocou mais de cem jogadores com menos de 20 anos em ação, e o resultado foram algumas boas revelações, como Nilmar e Dagoberto, estrelas da seleção sub-20 que disputam atualmente o Mundial. Desde o início, com pontos retirados da Ponte Preta, e durante toda a competição, decisões polêmicas do STJD rechearam a tabela de asteriscos. Um dos principais prejudicados, o Paysandu, promete levar a briga para a Justiça comum se não escapar da degola. Mas o futebol venceu pelo menos no quarto final do campeonato, quando a disputa remota entre Cruzeiro e Santos e a corrida pelas vagas da Libertadores e da Copa Sul-Americana alimentou domingos de cálculos e goleadas. O Brasileiro deste ano foi de fato diferente. E, a despeito de alguns ajustes, será igual em 2004. Texto Anterior: Painel FC Próximo Texto: O que ver na TV Índice |
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