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FUTEBOL
No ano do centenário, time gaúcho pega Corinthians em "jogo da vida" e tem de vencer para não depender de terceiros
Grêmio vê a fuga da Série B como título
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
O Grêmio tenta impedir hoje
contra o Corinthians que o ano de
seu centenário seja manchado
com o vexame de cair para a segunda divisão do Brasileiro.
Na partida em Porto Alegre, às
16h, os gremistas precisam da vitória para, sem depender de outros resultados, evitar a queda.
Pela frente, a equipe gaúcha terá
um antigo rival, que entra em
campo sem a agonia de ter de evitar o rebaixamento.
Os corintianos não escondem
que superar o desânimo de uma
equipe sem pretensões na competição é uma dificuldade.
O time comandado por Juninho
já pensa no ano que vem e vê como motivação apenas a chance de
evitar uma despedida melancólica em um ano em que acumulou
vexames no Nacional.
"Quem chegou na última rodada com a corda no pescoço que
segure a sua onda. Nós jogamos
com a responsabilidade de quem
pode definir a permanência de
outras equipes e temos que entrar
para ganhar", afirmou Vampeta.
Em tom de brincadeira, ele disse
que o Fortaleza, outro clube
ameaçado pelo descenso, ofereceu R$ 1 milhão como prêmio ao
Corinthians pela vitória.
Encarada como a partida de encerramento de uma campanha
pífia pelos corintianos, o confronto de hoje é considerado por gremistas como "o jogo da vida".
No ano em que comemora seu
100º aniversário, o clube frequentou durante mais de três meses a
zona de descenso do Brasileiro.
Há dirigentes e torcedores que
consideram o confronto que pode
evitar a queda um jogo mais importante até do que os que garantiram ao clube suas maiores glórias, como o Mundial interclubes,
duas Libertadores, dois Brasileiros e quatro Copas do Brasil.
Caso o Grêmio, antepenúltimo
colocado, não vença, resultados
iguais de Bahia e Ponte Preta também evitam a ida à Segundona.
Em clima de decisão, a torcida
gremista formava anteontem filas
de mais de 300 metros nas bilheterias do estádio Olímpico. ""Eu entendo o desafogo do torcedor.
Sou torcedor do Grêmio, além de
jogador. O ano foi muito sofrido,
e temos a chance de escapar da situação incômoda em que ficamos. Quantas vezes, nesse período, quando eu estava fora, nem
ouvia nem via os jogos, de tão
nervoso", comentou o lateral Roger, titular da equipe há dez anos e
com 500 partidas disputadas.
Colaborou a Reportagem Local
NA TV - Globo (só para SP)
e Record (só para São
Paulo), ao vivo, às 16h
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