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BASQUETE
Mata-matas das quartas-de-final, que começam hoje, ameaçam hegemonia do interior no Estadual masculino
Capital tenta alterar realidade do Paulista
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Com a Grande São Paulo novamente reivindicando um papel de
protagonista, o Paulista masculino abre hoje a fase de mata-matas
com quatro partidas: Casa Branca
x Corinthians/Mogi, São Caetano
x Ribeirão Preto, Limeira x Franca e Araraquara x Paulistano.
De todos os classificados, o Paulistano, que conta com uma verba
baixa -em torno de R$ 40 mil
por mês- vinda de sua parceira,
a UniFMU, é quem fez a campanha mais surpreendente.
"Nosso resultado foi muito bom
em relação ao investimento das
outras equipes. Mas sempre acreditamos que iríamos ganhar uma
vaga no Nacional", diz José Alves
Neto, técnico do Paulistano, quarto colocado na fase inicial e quase
garantido no Brasileiro -cinco
times ainda buscam classificação.
"O Neto está de parabéns. Ele tirou do time mais do que ele poderia render", atesta o técnico Lula,
do Ribeirão Preto, referindo-se à
equipe paulistana, que não conta
com grandes estrelas em seu time-base: Marcelinho, Jefferson,
João Guilherme, Valtão e Mudo.
A boa campanha da Grande São
Paulo já afetou os rivais do interior. Este ano marca o fim da hegemonia de Ribeirão Preto e Araraquara, que fizeram as duas últimas decisões do campeonato.
Agora, os rivais se encontram, no
máximo, em uma das semifinais.
"Nosso confronto contra o São
Caetano será difícil. Teoricamente, é o primeiro colocado contra o
oitavo. Mas, na prática, eles sabem que é a última chance de chegarem ao Nacional", analisa Lula.
Foi a equipe do ABC, aliás, a responsável pelo maior feito, até
aqui, no Estadual. No mês passado, o São Caetano acabou com
uma invencibilidade histórica do
Ribeirão Preto na competição.
Até a derrota para o time do técnico Emerson Tadiello, por 89 a
83, o atual bicampeão paulista havia embalado uma incrível sequência de 56 jogos sem derrota.
"Essa vitória nos mostrou que
vencer a série contra o Ribeirão
Preto é bastante difícil, mas não
impossível", analisa Tadiello.
Se enfrentaram orçamentos
minguados nos últimos anos, os
times da Grande São Paulo resolveram se unir para voltar a ganhar
um título -o último foi do Barueri, em 98. Com a parceria entre
Mogi e Corinthians, o clube pôde
contar com o orçamento mais
polpudo entre os 13 clubes do torneio: R$ 2,5 milhões por ano.
"Levamos alguns tropeços que
não poderíamos. Mas sofremos
muitos problemas de contusão.
Se não enfrentarmos isso de novo,
podemos disputar o título", afirma o técnico Carlão, que perdeu,
durante o torneio, Dedé, Farofa,
Josuel e Alírio. Dedé, aliás, passou
por uma cirurgia no ombro direito e só volta a jogar em 2004.
"Temos que administrar isso.
Fiquei sem opção para substituir
o [armador] Fúlvio. Ele tem jogado 40 minutos", lamenta Carlão.
NA TV - Casa Branca x
Corinthians/Mogi, na ESPN
Brasil, ao vivo, às 15h30
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