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FUTEBOL
Como na última vez em que se encontraram, na decisão do Paulista, Corinthians e São Paulo têm rendimentos iguais
Só defesas de rivais destoam no Morumbi
MARÍLIA RUIZ
RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL
Eles vencem, empatam, perdem
e marcam gols com a mesma frequência. Só na defesa não são
iguais. Corinthians e São Paulo seguem com desempenhos semelhantes, como aconteceu no último encontro dos rivais, na final
do Paulista, há quase três meses.
Os dois se reencontram hoje no
Morumbi, às 16h, com times diferentes, principalmente por causa
de desfalques. Se houver um vencedor, ele abre distância do rival
na classificação do Brasileiro.
Ambos têm o mesmo número
de pontos (19), vitórias (5), empates (4), derrotas (3) e gols marcados (26) na competição.
Mas a defesa são-paulina destoa
da corintiana. Os comandados de
Roberto Rojas já sofreram 24 gols
neste Nacional, contra 15 tomados pelo time de Geninho.
Na final do Estadual, as duas
campanhas também eram equilibradas. Os dois chegaram à decisão empatados em número de
pontos. O clube do Morumbi levava vantagem no saldo de gols,
por ter ataque e defesas mais eficientes do que o rival.
O polêmico regulamento, porém, previa que o time do Parque
São Jorge teria a vantagem de jogar por dois empates graças ao
número menor de cartões vermelhos e amarelos recebidos. Acabou sendo rasgado pela FPF, que
decidiu favorecer o São Paulo.
Apesar de seu time agora ter um
desempenho defensivo bem melhor do que o do rival, Geninho
ainda suspira pelo futebol apresentado pela equipe na decisão
paulista. Os corintianos não precisaram da vantagem, que foi assegurada pelo STJD, e ganharam
os dois jogos pelo placar de 3 a 2.
"Aquela equipe sabia alternar
de maneira mais equilibrada as
jogadas rápidas e as trocas de passes. Estamos começando a voltar
a fazer isso", disse o treinador.
Entre as mudanças por que os
dois times passaram desde a final,
no lado corintiano a mais marcante foi a perda de Vampeta, que
se machucou no primeiro jogo do
Brasileiro, operou o joelho esquerdo e não deve voltar a jogar
antes do final do ano.
Para os jogadores e a comissão
técnica do Corinthians, a saída do
volante fez com que o time não
conseguisse mais trocar passes
com tanta eficiência, o que teria
colaborado para a eliminação na
Taça Libertadores da América.
Porém, nas últimas rodadas do
Brasileiro, a equipe acertou mais
as trocas de bola e ajudou a defesa
a ser menos ameaçada. Resultado:
nas três partidas anteriores o clube sofreu só um gol, na derrota
para o São Caetano, no domingo
passado, no ABC paulista.
Do lado são-paulino, a saída
mais marcante foi a do técnico
Oswaldo de Oliveira. Com a sua
demissão, perderam crédito Gabriel, Régis e até Reinaldo, que já
recuperou sua vaga no ataque.
Preocupado com a defesa, calcanhar-de-aquiles do time do
Morumbi, o técnico Rojas passou
a adotar três volantes e já mudou
a formação da zaga três vezes. Já
jogaram Jean e Gustavo Nery, Lugano e Gustavo Nery e, hoje, o setor terá a "estréia" de Júlio Santos,
que esteve em campo no jogo decisivo com o Corinthians no Estadual. Ele estará ao lado de Jean
(que se recuperou de torção no
tornozelo).
"Posso dizer que [a final do
Paulista] foi um bom jogo, apesar
do resultado. Gol toda defesa leva. Se nos concentrarmos, poderemos ser mais eficientes", disse
Júlio Santos, que pretende continuar entre os titulares após o clássico: "Todos falavam que eu seria
o futuro do São Paulo quando comecei nos juniores. Ainda serei."
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