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NA CONTRAMÃO
São-paulino vive lua-de-mel com a diretoria, e corintiano tem seu trabalho questionado
Em alta, Rojas pode complicar Geninho
DA REPORTAGEM LOCAL
Em seu primeiro jogo após ser
efetivado como treinador do São
Paulo, o chileno Roberto Rojas
duelará com um ex-goleiro como ele, o corintiano Geninho.
A semelhança é só nas posições em que os dois jogavam,
pois vivem situações bem diferentes nos respectivos clubes.
O são-paulino, que assumiu o
cargo como interino após a demissão de Oswaldo de Oliveira,
ganhou o apoio da diretoria e virou solução depois de seguidas
recusas de treinadores convidados para ocupar o cargo.
"Não me sinto estreando agora. Minha estréia foi contra o Figueirense [em seu primeiro jogo
como interino]. De lá para cá o
trabalho tem sido o mesmo, não
vai mudar por causa da efetivação", afirmou Rojas, 45.
Ele tem a promessa de que ficará até o fim do ano, além de saber que poderá retornar à função de treinador de goleiros, caso não siga como técnico.
No outro banco de reservas do
Morumbi estará um técnico
questionado por sua diretoria.
Geninho, 55, contratado em
janeiro para substituir Carlos Alberto Parreira, hoje na seleção
brasileira, enfrenta a desconfiança da cúpula corintiana. Seu
trabalho começou a ser criticado
após a eliminação do clube nas
oitavas-de-final da Libertadores,
em casa, diante do River Plate.
Desde então, as críticas são feitas tanto de maneira velada como em público. Após a derrota
contra o São Caetano, no último
domingo, novas reclamações
deixaram evidente a falta de sintonia entre as duas partes.
O vice-presidente de futebol
corintiano, Antonio Roque Citadini, criticou o desempenho do
time e, em seguida, sem citar nomes, afirmou faltar ousadia aos
treinadores brasileiros. Geninho
classificou a segunda afirmação
como uma "bobagem".
Depois, se retratou no site oficial do Corinthians dizendo que
usou a palavra bobagem de maneira inadequada. Demonstrando certo constrangimento, não
explicou se a retratação foi espontânea ou forçada.
"Esse assunto faz parte do passado", limitou-se a dizer. Após a
derrota para o River, no entanto,
ele afirmou que não admitiria
processo de fritura. "Caio fora
antes", ameaçou. Uma derrota
hoje para o São Paulo colocaria
mais lenha na fogueira.
(MR E RP)
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