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FUTEBOL
Time tem na Copa das Confederações 1ª fase mais dura sob ranking Fifa
Na França, Brasil vê rivais mais fortes do que nunca
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A PARIS
Não bastasse o time estar desfalcado de um punhado de estrelas,
a seleção brasileira vai enfrentar
na Copa das Confederações, que
começa na próxima quarta-feira,
na França, a mais dura primeira
fase em uma competição mundial
sob a era do ranking da Fifa, que
começou em 1993.
Nos três Mundiais e nas três Copas das Confederações que disputou no período, o Brasil, atual líder da classificação feita pela entidade, nunca teve adversários tão
bem ranqueados como agora.
A Turquia é hoje a oitava colocada na lista da Fifa, que é criticada por muitos pelos critérios pouco claros, mas que é o único ranking de fôlego da bola no plano de
seleções. Os EUA vêm bem perto,
no décimo posto. Camarões, rival
do time de Carlos Alberto Parreira na estréia, é o 18º. Com isso, a
posição média dos três rivais iniciais em campos franceses é a 12º.
"Nosso grupo é muito equilibrado. Camarões é uma equipe de
ponta do futebol africano. A equipe americana é experiente e fez
uma excelente Copa, e a Turquia,
terceira colocada no Mundial, vai
muito bem nas eliminatórias da
Eurocopa. Todos ainda levam
vantagem por já terem equipes
formadas, ao contrário da gente",
diz Parreira, que disputa, pelo time do Brasil, a Copa das Confederações pela primeira vez.
Desde que o ranking foi criado,
o mais próximo que os brasileiros
passaram da situação atual em
uma competição profissional da
Fifa aconteceu na Copa dos EUA,
em 94. Na ocasião, o ranking médio de Rússia, Camarões e Suécia
não passava do 18º posto.
Em 2003, o time nacional irá enfrentar pela primeira vez duas
equipes que estão entre os top ten
da bola no planeta. Situação bem
diferente de outras ocasiões,
quando a maioria dos adversários
era medíocre. Isso ocorreu, por
exemplo, na última Copa das
Confederações.
Na edição disputada em 2001,
na Coréia do Sul e no Japão, o Brasil, então comandado pelo técnico
Emerson Leão, jogou contra Canadá (então no 71º da lista), Japão
(44º) e Camarões (37º).
O nível dos rivais de agora, entretanto, não assusta os jogadores
mais experientes. "Todos merecem o mesmo respeito. Mas a
gente está preparado para jogar
bem, independentemente do adversário", afirma Ronaldinho.
Parreira aponta o caminho para
a superação de adversários com
boa projeção no cenário da bola
atualmente. "A grande virtude
desse grupo é qualidade. Mas só
isso não basta. O time precisa de
organização tática e vontade de
ganhar", explica o treinador.
Se o Brasil vai encarar uma pedreira logo no início da Copa das
Confederações, a França vai viver
situação mais cômoda. Os donos
da casa, que defendem o troféu de
2001, irão enfrentar Japão (hoje,
23º no ranking Fifa), Colômbia
(39º) e Nova Zelândia (51º).
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