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VÔLEI DE PRAIA
Após boa temporada, duplas tentam quebrar jejum de oito anos sem ouro
Brasileiros jogam para apagar "amarelada"
DO ENVIADO A ATENAS
Quatro duplas brasileiras, novamente envoltas em favoritismo,
tentam a partir de hoje, na arena
montada em Faliro, fazer o vôlei
de praia olímpico brasileiro voltar
ao alto do pódio, meta não alcançada em Sydney-2000, Jogos que
terminaram com um sabor amargo para a modalidade .
Após o ouro de Jacqueline e
Sandra em Atlanta-96, criou-se
grande expectativa para a Austrália. Mas Adriana Behar/Shelda e
Ricardo/Zé Marco caíram na final, criando no país a frustrante
sensação de que "amarelaram".
Ricardo tentará triunfar agora
ao lado de Emanuel, que tem recordações olímpicas ainda piores.
Foi eliminado longe da decisão
em Atlanta (com Zé Marco) e em
Sydney (com Loiola).
Atuais campeões mundiais, Ricardo e Emanuel são cabeças-de-chave número um. Juntos desde o
segundo semestre de 2002, venceram 11 etapas do Circuito Mundial, do qual são bicampeões.
Eles farão a última partida de
hoje, às 17h, diante de Horrem/
Maaseide, da Noruega. "Tenho
uma visão mais ampla do vôlei de
praia após esses oito anos. Sinto-me muito mais preparado", declara Emanuel, seis títulos no Circuito Mundial, um recorde.
Além deles, Adriana Behar e
Shelda reaparecem nos Jogos.
Márcio/Benjamin e Ana Paula/
Sandra completam o grupo.
Maiores vencedoras da história
da modalidade e juntas há nove
anos, Behar e Shelda evitam falar
sobre a perda do ouro há quatro
anos. Nas duas últimas temporadas, ficaram sem o título do Circuito, que fora conquistado sucessivamente cinco vezes. "É difícil ficar no topo por quase nove
anos", diz Shelda, mais de cem títulos com Behar. A resposta contra a suposta decadência vem com
a liderança do Circuito-04.
Elas pegam hoje, às 16h, Naidoo
e Willand, da África do Sul.
Márcio e Benjamin, juntos desde 1999, são os primeiros a atuar,
às 8h30. Os oponentes serão os
franceses Canet e Hamel.
Dentre os oito representantes
do país em Atenas, eles são os únicos sem experiência anterior em
Jogos. Confiantes, prepararam-se
com um único objetivo.
"A expectativa é só uma: o ouro.
Não quero chegar a outra final e
levar a prata. Estamos cansados
da prata", afirma Benjamin.
Sandra e Ana Paula pegam, às
9h30, Hakedal/Torlen, da Noruega. Elas formaram dupla em 2003,
após uma negociação conturbada
e logo venceram o Circuito.
"Houve a troca, tinha que explicar tudo para as parceiras, havia
os patrocinadores", declarou Sandra ao ser questionada sobre o
imediato êxito com a nova colega.
Esta Olimpíada apresentará
uma mudança em relação à anterior. Com fim da vantagem, toda
disputa de bola resulta em ponto.
O número de sets também mudou. Em Sydney, nos jogos disputados até a final, vencia a dupla
que marcasse 15 pontos. A decisão era em melhor de três sets (cada um até 12). Agora, em todos os
jogos, a melhor de três permanece. Os dois primeiros vão a 21, e o
terceiro, se necessário, até 15.
Na fase inicial, as duplas foram
separadas em seis grupos. Das 24,
16 avançam para os mata-matas.
(LUÍS CURRO)
NA TV - Sportv e ESPN Brasil,
ao vivo, às 8h30, 9h30, 16h e
17h
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