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Maioria piora, e desaba o nível técnico da elite
DA REPORTAGEM LOCAL
A primeira encomenda já não
havia correspondido às expectativas. A segunda está ainda pior. O
Brasileiro por pontos corridos
deste ano, ao final de sua primeira
metade, registra decadência técnica superior ao de sua edição
passada, que já mostrava desempenho abaixo do torneio de 2002.
Segundo levantamento do Datafolha, 12 dos 22 clubes que participaram da competição em 2003
pioraram neste ano. Os outros
dois integrantes da elite, Palmeiras e Botafogo, disputaram a Série
B no ano passado.
Apesar de o equilíbrio maquiar
a queda de qualidade, a edição
deste ano do Nacional atesta piora
em cinco dos principais fundamentos em relação à edição anterior. O Brasileiro-2004 tem mais
passes errados, menos lançamentos, dribles e chutes a gol.
A conseqüência principal disso
é a queda no número de gols marcados. No ano passado, a média
de gols foi de 2,90 por jogo contra
2,66 de agora. Em 2002, o número
era de 3,05.
O primeiro turno acabou também com menos público nas arquibancadas. Só 7.442 pessoas,
em média, acompanharam nos
estádios as 23 rodadas do torneio,
queda superior a 22% em relação
ao mesmo período de 2003.
"Quando se diz que o campeonato é de baixa qualidade e que o
futebol brasileiro está nivelado
por baixo, é essa quantidade [de
público] que se pode esperar",
tem declarado o técnico santista,
Vanderlei Luxemburgo.
Líder do campeonato atual, o
Santos de Luxemburgo, vice no
ano passado, encerrou o primeiro
turno com campanha inferior à
da última edição. O "campeão de
inverno" somou 41 pontos, contra 44 em 2003, quando encerrou
a primeira metade na segunda colocação, atrás do Cruzeiro.
Os mineiros, por sua vez, despencaram. O time pontuou
27,7% menos (47 a 34). Quem
mais declinou em relação à edição anterior foi o Paraná. O clube,
que encerrou o primeiro turno
em 2003 com 35 pontos, soma 20
agora. O Goiás foi quem mais subiu. Saltou de 21 pontos em 2003
para 36 neste ano, melhora de
71,4%.
(EDUARDO ARRUDA)
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