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FUTEBOL
Atacante marca os gols da vitória por 2 a 0 sobre a Ponte Preta no Pacaembu, e time fica a quatro pontos do líder
Jô faz Corinthians falar em Libertadores
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
Com dois gols de Jô, o Corinthians confirmou a sua ascensão
no Brasileiro bater a Ponte Preta
ontem por 2 a 0. Além da vitória e
de chegar aos 37 pontos, quatro
atrás dos líderes, o time segue em
franca evolução. Desde março de
2003 o time não ostentava uma
série invicta de seis partidas (cinco vitórias e um empate).
De quebra, a equipe de Tite
mostra força no Pacaembu. O último revés dos corintianos em casa ocorreu na derrota de 3 a 2 para
o Santos, no dia 4 de julho. O time
viu Jô mais uma vez mostrar sua
vocação para o gol. Ele é o artilheiro da equipe com oito tentos, ao
lado de Rogério. Já a Ponte Preta,
que não era superada há três rodadas, segue com 41 pontos.
O Corinthians iniciou o jogo
com forte marcação no meio para
forçar o erro da Ponte. Wendel,
Fabinho e Renato bloquearam o
setor, enquanto que as investidas
para o ataque ficavam por conta
de Alessandro, escalado na vaga
do suspenso Fábio Baiano.
Mas, apesar de ter o domínio do
jogo, o Corinthians esbarrou na
retranca adversária. Somente
Weldon ficava à frente, e Júlio César funcionava mais como um
marcador adiantado do que propriamente um atacante.
Diante de um jogo tão truncado,
a primeira chance corintiana só
apareceu em jogada de bola parada. Renato bateu forte, Lauro espalmou, e Alessandro pegou o rebote, mas a zaga da Ponte desviou
para escanteio, aos 12min.
Se o Corinthians mostrou bom
poder de marcação, na armação o
time deixou a desejar. Bem marcado, Alessandro teve poucas
chances de tentar as arrancadas.
O destaque foi Jô, que recuou e
serviu de referência para as jogadas ofensivas. Nos primeiros 45
minutos, ele recebeu 17 bolas e
conseguiu finalizar quatro vezes.
A falta de objetividade da equipe, que também sentiu a ausência
de Gil, fez com o time segurasse o
jogo em seu campo de defesa. O
Corinthians ficava trocando bolas
na defesa para tentar surpreender
no ataque. Quem acabou sendo o
atleta mais acionado, com 28 bolas recebidas foi o zagueiro Valdson, que dava só toques laterais.
Nervoso com o passar do tempo, o Corinthians começou a arriscar chutes de meia distância. Só
na primeira etapa o time finalizou
dez vezes -a média do time no
Brasileiro é de 12,2 arremates por
jogo- acertando só três no alvo.
E quando o primeiro tempo caminhava para o 0 a 0, Jô fez a diferença. Ele aproveitou boa jogada
de Alessandro pela esquerda, e escorou o cruzamento de cabeça
para fazer 1 a 0, aos 39min.
No segundo tempo, o panorama não mudou. Apesar de precisar da vitória, a Ponte não se
abriu, e o Corinthians ficou tocando a bola no meio à espera de
uma falha de marcação do rival.
O grande número de passes errados dos times ajudou a piorar a
qualidade da partida. As jogadas
ficavam concentradas no meio,
tornando o jogo monótono.
Mais preocupado em segurar o
resultado do que em ampliar o
placar, Tite sacou Alessandro e
colocou Rosinei para aumentar a
pegada. A Ponte, que pôs Macedo
no lugar de Lindomar, fez a sua
última tentativa, mas não conseguiu mudar a situação.
Aos 44min, em lance isolado na
frente, Jô voltou a marcar. Ele gingou na frente da marcação e
achou um espaço para fazer 2 a 0.
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