|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FUTEBOL
Vai começar a brincadeira
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
R eal Madrid (leia-se Zidane,
Ronaldo, Figo, Roberto Carlos, Raúl, Hierro, Cambiasso...),
Milan (Shevchenko, Rivaldo, Rui
Costa, Serginho, Maldini, Seedorf,
Nesta, Roque Júnior...), Manchester (Beckham, Verón, Van Nistelrooij, Barthez, Roy Keane, Giggs,
Ferdinand...), Bayern (Kahn, Ballack, Élber, Lizarazu...) e pelo
menos mais 20 ""seleções" abrem
nesta semana a Champions League (Copa dos Campeões).
O principal torneio interclubes
do planeta é um show quase tão
bom quanto a Copa do Mundo.
Só nesta terça-feira, o dia inaugural da liga, teremos, entre outros, Valencia x Liverpool, Roma
x Real Madrid, Arsenal x Borussia Dortmund. Na quarta-feira,
um dia mais fraco, a tabela mostra, por exemplo, Bayern x La Coruña e Feyenoord x Juventus.
Tão fácil quanto legal. São oito
grupos (até agora, só havia rolado fase eliminatória). Avançam
os dois primeiros de cada chave.
Cada jogo é tão bacana quanto
decisivo. Para não perder muito
tempo, vamos logo aos grupos:
A: Arsenal, Auxerre, Borussia e
PSV. No papel, a seleção de
Henry, Bergkamp, Kanu e Gilberto Silva é a melhor. Mas o Auxerre, o ""patinho feio", carrega um
pouco de Senegal (Faye e Fadiga),
além do ótimo Cissé. O Borussia
tem boa trupe brasileira, e o PSV
foi preparado por Guus Hiddink.
B: Valencia, Basel, Liverpool e
Spartak. Foi-se o tempo em que o
time espanhol era coadjuvante.
Argentinizado com Kily González, Aimar e Ayala, é um conjunto. O time dos Beatles, porém, ataca ""só" com Owen e Diouf (o Serial Killer). Entre a zebra russa e a
suíça, fique com a primeira.
C: Roma, Genk, Real Madrid e
AEK. Os italianos possuem um
ótimo time e um vitorioso técnico.
Os espanhóis têm qualquer coisa
menos um time (e um técnico
simples que distribui camisas). Os
belgas e os gregos vão tentar a Copa da Uefa (o terceiro de cada
grupo ""cai" para o outro torneio).
D: Ajax, Rosenborg, Inter e
Lyon. Talvez, o mais equilibrado.
A tradicional fábrica de jogadores holandeses hoje é um exército
estrangeiro (com Vans der Vaart
e der Meyde). A gloriosa equipe
de Milão é atualmente um time
seco de títulos. Rosenborg e Lyon
são exemplos de ascendentes.
E: Dinamo, Feyenoord, Newcastle e Juventus. A força de Kiev,
mesmo sem Shevchenko, merece
respeito. O segundo grande holandês ostenta título mundial como o primeiro grande italiano
(Buffon, Thuram, Nedved, Del
Piero, Salas, Trezeguet...). E o
chuveirinho inglês (Shearer) vive.
F: Manchester, Olympiakos,
Maccabi Haifa e Bayer Leverkusen. A rivalidade entre ingleses e
alemães em alta. A péssima rivalidade entre israelenses e algumas
outras nacionalidades em alta
voltagem. Os gregos (como está
na história) são aptos a oferecer
surpresa desagradável aos rivais.
G: Bayern, Milan, La Coruña e
Lens. Osso duro. A nova constelação de Berlusconi pode não avançar. A base vice-campeã da Copa
também deve sofrer nas mãos dos
competitivos Naybet, Mauro Silva, Valerón, Makaay e Tristán e
nos pés dos senegaleses do time
francês (Sarr, Diop e Faye).
H: Barcelona, Lokomotiv, Brugge e Galatasaray. Van Gaal, como
nos últimos tempos, deve deixar a
disputa meio igual mesmo dirigindo um esquadrão (Riquelme,
Saviola, Kluivert...). Os turcos
(Davala, Sas, Erdem e Unsal)
saem bem como poucos da Copa.
Russos e belgas são imprevisíveis.
Copa dos Campeões
Os técnicos na Europa estão pedindo algumas mudanças no torneio. Querem aumentar o número de craques no banco (aumentar
de seis para nove o número de reservas). Pedem uma uniformização no tamanho dos campos e também na preparação dos gramados. Estão sugerindo que uma bola apenas seja usada na competição (geralmente, o time mandante põe a bola de seu patrocinador).
Campeonato Italiano
Os times que mais investiram em craques para esta temporada: Inter ( 90,7 milhões), Juventus ( 65,6 mi) e Milan ( 63,3 mi). Os
que mais receberam grana em transações: Inter ( 110 mi), Lazio
( 67,7 mi) e Parma () 60,2 mi). Os que mais lucraram entre
compra e venda: Lazio ( 43,2 mi), Empoli ( 20,7 mi) e Inter (
19,3 mi). A RAI vai pagar 62 milhões por ano (até 2005) para
mostrar os melhores momentos da Série A e as partidas da Copa da
Itália. Os valores em relação ao contrato passado caíram 30%.
E-mail rbueno@folhasp.com.br
Texto Anterior: Rival tenta seguir como 1º do Estado Próximo Texto: Futebol: São Paulo reedita meio-campo eficiente Índice
|