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FUTEBOL
Corinthians e Santos chegam ao jogo decisivo com o mesmo esquema e a maioria esmagadora dos atletas da estréia
Finalistas terminam como começaram
DA REPORTAGEM LOCAL
Foram mais de quatro meses e
30 jogos. Essa maratona, que deixou pelo caminho um punhado
de técnicos, esquemas e jogadores, não foi capaz de abalar os finalistas do Brasileiro-2002.
Os times de Corinthians e Santos que decidem o título hoje são
muito parecidos, tanto na tática
utilizada quanto nos jogadores,
com os que estrearam no torneio.
Ignorando o 3-5-2 que deu o título nacional para o Atlético-PR e
o pentacampeonato para a seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira e Emerson Leão fizeram suas
apostas no início da competição e
foram com elas até a decisão.
O treinador santista chegou a
flertar em algumas rodadas com a
tática de três zagueiros, mas viu
seu time render de verdade só
com o tradicional 4-4-2.
Além do esquema, Corinthians
e Santos começaram o Nacional
com praticamente as mesmas caras que vão colocar em campo hoje no estádio do Morumbi.
Dos 11 jogadores santistas que
venceram o Botafogo, na primeira rodada, sete vão iniciar o confronto final. Outro, Maurinho,
também pode aparecer. Alberto
só não joga por estar suspenso. O
goleiro Júlio Sérgio ficou de fora
das finais por contusão. Por último, Preto estará na reserva, mas
isso depois de participar de 21 jogos da campanha da sua equipe.
No Corinthians, a situação é similar. Do time que começou a caminhada no Brasileiro, contra o
Atlético-MG, oito jogadores vão
estar no time que começa a partida contra o Santos. Guilherme só
não jogou na estréia por não ter a
documentação em ordem. Só
Scheidt e Fabrício perderam a titularidade. O time do Parque São
Jorge, aliás, mesmo chegando até
a final, foi o que utilizou menos
atletas no certame: 23.
Se a aposta na estabilidade foi
igual, os resultados foram bem diferentes. O 4-3-3 corintiano produz números bem diferentes do
4-4-2 do lado santista.
Com um jogador a menos no
meio-campo, o time de Parreira
não tem a mesma eficiência nos
desarmes -média de 116,9 por
jogo, contra 145,4 do Santos.
Em compensação, por ter uma
equipe que joga junta desde o início da temporada, o Corinthians
passa a bola com eficiência rara
-a marca de 89,9% de aproveitamento é a melhor do torneio.
Diferentes nas estatísticas técnicas, os finalistas chegam para a
partida desta tarde com campanhas muito próximas. Computadas todas as fases, o Corinthians
acumulou 52 pontos. Já o Santos,
depois da arrancada nos mata-matas (classificou-se em último
na primeira fase), soma 51.
Assim, se vencer hoje, o time do
litoral irá ter a maior pontuação
entre todos os participantes.
NA TV - Globo, Record e
Sportv, ao vivo, às 17h
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